HÓQUEI EM PATINS – Mundial de Luanda
A selecção portuguesa apresenta-se neste 41º mundial com o objectivo principal de recuperar o título de campeão – o que não se verifica desde 2003, quando venceu em Oliveira de Azeméis.
Para além disso – e se o concretizar – apanhar a Espanha na liderança dos mais títulos conquistados.
Sendo um dos poucos totalistas presentes neste mundial, dado que integrou o lote de países que, em 1936, em Estugarda (Alemanha), Portugal tomou parte na primeira edição das 41 que agora se vão completar a partir desta sexta-feira, quando Angola, como anfitrião – e após a cerimónia de abertura – defrontar a congénere da África do Sul no jogo inaugural.
Em quarenta presenças, Portugal conquistou 15 títulos, menos um do que a Espanha (que lidera), espanhóis que só entraram na terceira edição, em 1947, numa competição efectuada no antigo Pavilhão dos Desportos, hoje Pavilhão Carlos Lopes.
A supremacia ibérica é total, já que somam 31 campeonatos para portugueses e espanhóis.
Na estreia, com sete equipas, Portugal obteve o terceiro lugar atrás da G. Bretanha e de Itália, o mesmo sucedendo em 1939, em Montreux (Suíça), pela mesma ordem e novo terceiro lugar para o nosso país. Em 1947, Portugal alcançou o seu primeiro título, à frente da Bélgica, com a Espanha a estrear-se no terceiro lugar.
A melhor de série de títulos conquistados pertence a Portugal, com quatro e por duas vezes: de 1957 a 1950 (edições anuais) e de 1956 a 1962 (edições de dois em dois anos). A Espanha só uma vez conseguiu este desiderato, precisamente nos últimos quatro: desde 2005, com edições de dois em dois anos.
Em termos de piores resultados, Portugal foi 6º em 2007, depois de ter sido 4º em 2001 e em 1997. Os espanhóis têm como pior também um 6º lugar (1991) – em campeonato com dez equipas – tendo quatro 4ºs lugares (1993, 1984, 1950 e 1948). De resto, portugueses e espanhóis repartiram sempre os três primeiros lugares. Portugal com oito 2ºs lugares contra 12 da Espanha, enquanto nos 3ºs lugares Portugal tem muito mais (15) do que a Espanha (4). Daí que a Espanha tenha um posicionamento mais positivo face aos 16 títulos conquistados e aos 12 segundos lugares.
Angola com vantagem sobre Moçambique
Com quinze presenças (a primeira em 1982), Angola lidera a presença da África lusófona, tendo o melhor lugar (6º) sido conquistado em 2009, depois de quatro 7ºs (2005, 1995, 1988 e 1986) e de quatro 8ºs (2007, 2003, 1999 e 1997). Objectivo principal e porque joga em casa, atingir o 6º posto ou subir um pouco mais, o que não é fácil, face à qualidade e supremacia de Portugal e Espanha, a que se juntam a Argentina, o Chile, a Itália e não só.
No lado de Moçambique, curiosamente a estreia foi mais cedo que os angolanos, pois deram “entrada” em 1978, com um 11º lugar, o mesmo que os angolanos também conseguiram na sua estreia. Mas apesar de chegarem primeiro, a verdade é que não estiveram pressentes entre 1980 e 1986. Regressaram, para ficar, em 1988 (10º lugar), atingindo o mais alto lugar em 2011, na última edição, com um brilhante quarto lugar. A sonhar pelo pódio? Provavelmente!
É com este pano de fundo (estatístico) que chegamos a 2013 e à 41ª edição. A partir de sexta-feira, os dados (ou seja, os jogadores) vão começar a rolar. A quem sairá a sorte grande? No final logo se verá.