Terça-feira 25 de Novembro de 6797

Triunfo tranquilo do Benfica

Benfica-Anderlecht H0P7980Com o primeiro golo marcado logo aos quatro minutos, com alguma felicidade, o Benfica tinha o caminho aberto para um resultado mais expressivo até porque, como se comprovou, os belgas tem falta de “estaleca” para equipas com a estatura do Benfica.

Começando com maior dinâmica de movimentos, o Benfica chegou depressa à baliza de Proto e não admirou que tivesse marcado cedo. É verdade que foi feliz com a jogada, mas a culpa maior é do próprio guarda-redes, que não segurou a bola rematada por Enzo Perez, deixando-a à mercê de um oportuno Djuricic que se limitou a empurrar a bola para dentro da baliza.

Esperando-se que os belgas partissem para uma toada menos defensiva, a verdade é que não conseguiam chegar à baliza de Artur porque, por um lado, a linha média e, em último caso, a defensa benfiquista resolvia todos os assuntos com relativa facilidade. E quando assim não era, foram os próprios jogadores belgas que abusavam nos passes, sem avanços ou, por outra via, eram “desfeitos” pela maior amplitude física dos encarnados.

Aos 17′ Cardozo fez a jogada da noite. Receba a bola ainda no seu meio campo, vai por aí acima, finta um, dois, três belgas mas na hora da verdade falhou o passe. Acontece.

Foi nesta toada que se atingiu a meia hora e, com ela, a chegada do segundo golo do Benfica, que sempre mostrou mais ascendente atacante, mas também sem criar grandes oportunidades de golo.

Num pontapé de canto marcado por Enzo Perez, a bola viaja até à cabeça de André Almeida que a endereça para junto da linha de divisão da pequena área onde, oportuno e em excelente estilo, Luisão pára a bola com o peito e, à meia volta, remata sem defesa para Proto. Passavam 30′.

E se um golo era bom, dois ainda melhor. Que até podiam ter sido três se Cardozo não se atrapalha com um defesa, a poucos metros da linha de golo, saindo a bola para canto.

Até final dos primeiros 45′ mais nada se registou de positivo, ficando-se com a ideia de que o resultado final estaria feito, fazendo até lembrar o jogo com o Paços Ferreira, em que o Benfica também decidiu tudo em pouco mais de vinte minutos, quando chegou ao 2-0.

No segundo tempo, os belgas surgiram mais rápidos mas com pouca objectividade. Mesmo assim, mantiveram ainda por algum a tempo a cadência viva que só não deu golo por mero acaso, em especial quando, aos 55′, Artur defendeu a soco uma bola rematada por Milivojevic, na marcação de um canto.

Na parada e resposta verificada, os momentos de perigo praticamente não existiram. Só aos 70′ se registou uma oportunidade que foi, magistralmente, perdida por Cardozo, que ficou uma vez mais em branco. Numa altura em que os belgas estavam já a perder o “gás”.

E assim se chegou ao final. Uma vitória justa e tranquila do Benfica que garantiu os três pontos, o essencial de uma competição em que a primeira parte é por pontos.

Djuricic teve uma boa estreia, Markovik, Luisão, Cardozo, André Almeida e Garay foram os melhores, onde se regista também a boa estreia de Feijsa. Nos belgas, realce para Proto, Milivojevic, Suarez, Kljestan, Mbemba, onde o melhor foi o defesa esquerdo N’Sakalka, “pau para toda a obra”.

A formação de arbitragem alemã, comandada por Manuel Grafe, auxiliado por Thorsten Schiffner e Guido Kleve, não teve problemas para resolver e as equipas apresentaram-se da seguinte forma:

Benfica – Artur; André Almeida, Luisão, Garay e Siqueira; Enzo Perez (Ola John, 68′), Fejsa e Matic; Djuricic (Maxi Pereira, 74′), Cardozo (Lima, 86′) e Markovic.

Anderlecht – Proto; Gillet, Kouyate, Mbemba e N’Sakala; De Zeeuw (Acheampong, 45′), Millivojevic e Kljestan; Bruno (Praet, 78′), Mitrovic (Cyriac, 75′) e Suarez.

Disciplina: Amarelos para Bruno (20′), Enzo Perez (27′), Zeeuw (33′), Mitrovic (69′) e Kljestan (76′).

Artur Madeira

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