Foram precisos apenas vinte e três minutos para que o Benfica “resolvesse” a vitória sobre o Paços de Ferreira, um triunfo que se ajusta mas quer fica com um sabor algo “amargo” ao ver os pontas-de-lança sem marcar.
Sendo os que mais tem a missão de marcar – independentemente de qualquer estratégia que seja definida – a verdade é que Cardozo e Lima, além de não terem marcado, também pouco se viram em campo. Mas o Benfica venceu e esse era o objectivo final conseguido.
Aproveitando a embalagem inicial, ainda não ser tinha chegado ao minuto cinco e já Enzo Perez fazia o gosto ao pé.
Num ataque pela esquerda, Lima foi quase até à linha de cabeceira para centrar rasteiro com destino a alguém que surgisse na área, o que aconteceu. Ante uma meia dúzia de olhos “fechados”, a bola chegou ao outro lado da baliza e encontrou Enzo Perez de pé afiado para enfiar a bola na baliza de um Degra que também viu a bola … passar.
O Paços reagiu e Sérgio Oliveira, num livre frontal a cerca de 40 metros, rematou forte com a bola a passar lado do poste da baliza de Artur, situação que se voltou a verificar aos 7′, desta vez com Bebé a rematar sesgado para uma boa defesa de Artur.
Aos 14′ foi a vez de Lima, fora da grande área e em zona frontal, rematar para uma excelente defesa de Degra, guarda-redes que, minutos depois (23′), viu a bola entrar pela segunda vez na sua baliza.
Num livre marcado por Markovic, a bola foi para o lado contrário sem que ninguém tocasse, onde surge Garay a fazer um 2-0 que talvez não fosse justo ante o cenário de jogo jogado que se passava, mas que veio dar mais calma os homens da casa, porquanto quer Enzo quer Garay aproveitaram da melhor forma as oportunidades que se depararam.
Aos 37′, depois de uma falha clamorosa da defesa pacense, Lima isolou-se mas atirou à figura de Degra, que tapou qualquer “buraco” que desse origem a mais um golo.
O primeiro tempo – jogado a bom ritmo por ambas as partes – estava a escoar-se ainda houve tempo para Bebé causar perigo na pequena área do Benfica, depois de tirar Artur do caminho da bola e rematar para a baliza, onde Luisão (de calcanhar) safou o golo.
No intervalo, o Benfica aproveitou para homenagear os medalhas de prata e de ouro do mundial de canoagem, respectivamente Joana Vasconcelos e João Ribeiro.
No reatamento, o ritmo surgiu teoricamente mais calmo, porquanto logo aos 50′ o Paços de Ferreira reduziu para 2-1. Lançado em profundidade, Ruben Ribeiro surgiu desmarcado frente a Artur, que saiu da baliza (de que se arrependeu a meio) permitindo o remate do jogador pacense para o o primeiro golo da equipa.
Mas foi sol de pouca dura porque o Benfica, na resposta (52′), voltou a marcar. No seguimento de um pontapé de canto marcado por Enzo Perez – o melhor jogador em campo – com conta, peso e medida, a bola sai directamente para a cabeça de Garay que, no lado contrário da baliza, salta à vontade e aplicou uma forte cabeçada para meter a bola no fundo da rede de Degra, mal batido no lance.
Com o resultado praticamente feito, o Benfica aliviou a pressão e voltou a ser Bebé a obrigar Artur a uma grande defesa para canto, de que nada resultou. Aliás, como no restante tempo para jogar, pelo que este foi o resultado final.
Um bom ensaio geral para o jogo de 3ª feira da Liga dos Campões (Luz, 19h45) frente aos belgas do Andrelechet.
Como se referiu, Enzo Perez foi o homem do jogo, muito bem secundado por Garay (marcou dois golos) e Artur, Siqueira – com boa estreia mas lesionou-se – realçando-se ainda Matic e Maxi Pereira. No Paços, referência para Degra, Ruben Ribeiro, Sérgio Oliveira, Bebé, Tony e Seri.
Sob a direcção do setubalense Bruno Paixão, acompanhado por Luís Ramos e Pais António, equipa sem grandes e bicudos problemas para resolver, as equipas apresentaram os seguintes onzes iniciais:
Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Siqueira (André Almeida, 62′); Matic; Enzo Perez, Ruben Amorim (Fejsa, 34′) e Markovic; Lima e Cardozo Ola John (74′).
Paços Ferreira – Degra; Tony, Ricardo, Gregory, Hélder Lopes; André Leão, Sérgio Oliveira (Caetano, 61′) e Seri (Romeu, 80′); Manuel José (Christian Irobiso, 90′), Bebé e Caetano.
Disciplina: Amarelo para Hélder Lopes (43′), Tony (54′), Sérgio Oliveira (55′), Maxi Pereira (83′) e Romeu (88′).
Artur Madeira