Sporting, 1 – Benfica 1
O Sporting teve tudo para ganhar ao Benfica, ainda nos primeiros 45 minutos, mas deixou-se adormecer depois que Markovic entrou em jogo e começou a “impregnar” o “veneno” que deu resultado um quarto depois de entrar em campo.
Se bem que o Benfica tivesse acordado apenas no segundo tempo – aos 36′ de jogo o Sporting tinha feito 8 remates e tinha ganho oito cantos, contra apenas 3 do Benfica – a verdade é que o Sporting perdeu dois preciosos pontos que dariam muito jeito lá mais para a frente, como se confirmará por certo.
Em três minutos, o Sporting ganhou outros tantos cantos, que não resultaram, se bem que num deles Luisão aliviou tão mal que ia introduzindo a bola na sua baliza, chegando-se ao quarto canto aos 4′ e aí foi Artur que safou “in extremis”
Mantendo uma toada de jogo rápida, com passes ao primeiro toque e desmarcações bem feitas, o Sporting esteve sempre em vantagem na posse da bola, pelo que foi normal abrir o activo.
Aos 10′, depois de uma triangulação com André Martins, que centrou para o lado contrário da baliza de Artur onde surgiu Mantero perfeitamente só a cabecear para o canto contrário e bater Artur sem apelo nem agravo, fazendo o primeiro golo do desafio.
Um golo que se justificava pelo maior pendor atacante dos leões, situação que se foi mantendo ao longo de toda a primeira parte, em especial pela maior e melhor movimentação dos jogadores leoninos, ante uma certa apatia do Benfica, que teve o azar de ver dois jogadores (Enzo Perez e Salvio) lesionarem-se e terem que ser substituídos, o que terá “atrapalhado” a estratégia que Jesus montara para te jogo, face ao enorme “calor” que se vive na Luz em relação à sua liderança.
Ainda assim, Rodrigo cabeceou à barra depois de um lançamento lateral de Salvio (15′), mantendo o Sporting um maior domínio territorial, se bem que foi ainda Salvio que teve o empate nos pés quando, aos 33′ e com a baliza aberta, rematou forte mas fazendo bola sair por cima da barra.
Nesta altura, o Sporting começou a perder mais bolas, a acertar menos passes, como que parecendo cansado, o que aproveitou o Benfica para vir ao de cima e criar perigo, como voltou a ser o caso de Rodrigo que, aos 44′, na marcação de um livre directo, atirou a bola directamente para as mãos de Patrício.
No início do segundo tempo, foi a vez de Gaitan se lesionar – do ponto de vista físico parece que algo não estará a correr pelo melhor junto dos jogadores benfiquistas – tendo sido substituído de imediato por Cardozo, depois das pazes feitas internamente.
Mas foram Markovic e Rodrigo que, num espaço de um minuto, criaram duas situações de perigo junto da baliza das Patrício mas que não concretizaram, para o caso pela pronta e eficiente intervenção de Patrício.
Nesta altura, já a estatística dia que o Sporting só tinha feito onze remates mas o Benfica já chegara aos 9, muito pelo efeito da entrada de Marcovic, que acabou por marcar o golo do empate aos 64′, depois de uma jogada iniciada por ele próprio a caminho do golo, torneando três adversários para chegar frente a Patrício e marcar sem pedir autorização.
Feito o empate, o jogo começou a ter menor qualidade, mais quezílias e mais … amarelos.
Após ter sofrido o golo, o Sporting ainda ripostou com Jefferson a obrigar Artur a uma grande defesa na marcação de um livre (68′), o que se repetiu aos 78′, com Adrien, também de livre, a obrigar a defender para canto.
Nesta altura, soube-se que 46109 espectadores estavam presentes no Alvalade XXI, um lema excelente mostra mas ainda assim abaixo dos grandes momentos que este magnifico estádio
Capel, que entrou aos 73′, voltou a entrar no egoísmo e preferiu rematar, com o pé contrário (direito) ao seu melhor, porque estava na direita do ataque sportinguista, quando devia ter centrado para algum dos seus companheiros postados na área.
Aos 89′ Montero, na marcação de um livre, no que foi a última oportunidade para mudar o resultado, marcou um livre frontal e obrigou Artur a mais uma defesa em esforço e para canto.
Resumindo, o Sporting teve todas as oportunidades para ganhar, e se isso acontecesse estava certo, mas o Benfica soube tirar partido da ousadia de Markovic e também de um “arrefecimento” por parte dos jogadores do Sporting para chegar à igualdade, que resultou nos golos que foram marcados. Que é o que vale.
Relevo para Rui Patrício, Maurício, Jefferson, William, Adrien e Montero; no Sporting, com destaque para Artur, Luisão, Rodrigo, Matic e Markovic no Bem fica.
Sob a direcção de Hugo Miguel, coadjuvado por Nuno Pereira e Hernâni Fernandes, que classificamos como uma boa prestação apesar de um outro pormenor de menor importância (incluindo a possibilidade de Montero estar fora de jogo antes de obter o golo do Sporting), as equipas bases alinharam:
Sporting – Patrício; Cédric, Maurício, Rojo e Jefferson (Slimani, 85′); Adrien, William e André Martins; Carrillo (Capel, 73′), Montero e Wilson (Eric, 61′).
Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Cortez; Salvio (Markovic, 45+3′), Enzo Perez (Ruben Amorin, 42′) e Matic; Rodrigo, Lima e Gaitan (Cardozo, 49′).
Cartões amarelos: Rogo (8′), Montero (49′) e Carrillo (53′), do Sporting; Matic (40′), Maxi Pereira (45+1′); Ruben Amorim (84′).