Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

O espectacular Usain Bolt com duplo ouro

bolt super ATLETISMO – Moscovo’2013

O triunfo do recordista mundial Usain Bolt nos 200 metros acabou por ser uma situação esperada – o bom seria ver como é que lá chegaria – neste oitavo dia do mundial de Moscovo, onde os russos foram também muito ovacionados.

No primeiro caso, foi visível que Bolt não foi o mais rápido a sair dos blocos de partida, aliás como o seu compatriota Weir, que acabou com a prata ao pescoço. Enquanto Bolt partiu em 0,177 milésimos, Weir saiu com 0,176, onde o par constituído por Curtis e Ashmede partiram a 0,145, um tempo de reacção muito melhor, embora perdendo ao longo dos primeiros metros esta vantagem mínima face à maior força rápida quer de Bolt quer de Weir, como se provou.
Embora sendo o melhor resultado mundial do ano (19,66) Bolt acabou a rolar ante um Weir que fez 19,79 e um Curtis Mitchel, com 20,04, ainda assim a criar expectativa para um quase empate com Ashmede (o terceiro jamaicano), creditado em 20,05.
Destaque para o “arranque” final de Dmitri Taradin que, no último ensaio do lançamento do dardo, arremessou o engenho a caminho do bronze, que conquistou a 86,23, o que levou a um aplauso longo dos seus compatriotas que estavam a assistir. O ouro e a prata foram conquistados, respectivamente, pelo checo Vitezslav Vesely (87,17) e pelo finlandês Tero Pitkamaki (87,07), que mantiveram um despique interessante.
Realce que se dá também à estafeta de 4×400 metros, com a formação feminina russa (Guschina, Firova, Ryzhova e Krivoshapka) a derrotar com categoria o quarteto norte-americano apenas 22 centésimos, numa prova disputadíssima do primeiro ao último metro, com 3.20,19 contra 3.20,4. Bronze para a G. Bretanha (3.22,61).
Rússia que esteve ao mais alto nível no salto em altura, com o título conquistado por Svetlana Shkolina, ao saltar 2,03 (recorde pessoal) ante a norte-americana Brigetta Barret, que não passou dos dois metros. Bronze para a espanhola Ruth Beitia (1,97).
Ainda no sector feminino, registo para o título esperado conquistado por Meseret Defar (14.50,19) ante a queniana Mercy Cheromo (14.51,22) e a sua compatriota Almaz Ayana (14.51,33).
Nos 100 metros barreiras, a surpresa veio da norte-americana Brianna Rollins, que conquistou o título mundial ante a superestrela Sally Person (Austrália) que, fazendo o melhor registo do ano (12,50) não foi suficiente para os 12,44 da vencedora. Bronze para a britânica Tiffany Porter, com 12,55, um novo recorde pessoal.
Por último, realce para o triunfo (2.09.51) do queniano “intruso”, de seu nome Stephen Kiprotich – não constava dos dez melhores do mundo deste ano – ante o número dois mundial do ano (2.04.45), o etíope Lelisa Desisa, que registou o crono de 2.10.12.
Completaram a corrida 50 dos 70 inscritos, tendo o português Hermano Ferreira desistido logo a seguir aos 15 km, com 47.30 de prova.
Quanto a medalhas, a Rússia destronou os Estados Unidos da liderança, somando mais uma medalha de ouro (7) que os adversários (6), se bem que os norte-americanos tenham mais no cômputo geral. Assim, a Rússia tem um total de 15 (7-3-5) enquanto os EUA tem 20 (6-11-13), seguindo-se a Jamaica, com 7 (4-2-1), Quénia, com 10 (3-4-3), Etiópia, com 10 (3-3-4) e a Alemanha, com 6 (3-2-1), tendo 37 países conquistado medalhas.
Em termos pontuais, 236 para os EUA, 156 para a Rússia e 115 para o Quénia. Portugal está no 4º lugar (entre 60 países pontuados), com 6 pontos.
O mundial termina este domingo, com a realização das últimas seis provas, onde Bolt poderá arrecadar a terceira medalha de ouro na estafeta de 4×100 metros.

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