Terça-feira 23 de Novembro de 7655

Para ganhar confiança!

27jul 1516 SCP R Socied cnSporting, 2 – Real Sociedade, 0

Um Sporting de duas realidades, de duas velocidades, um resultado positivo, exibição assim-assim, num princípio de época que não faz esquecer a anterior, sendo de louvar o minuto de silêncio pelas pessoas falecidas no recente desastre de comboio em Espanha.

Ao entrar em campo com grande parte dos jogadores que actuaram na época anterior, pensava-se que se iria reviver o que pouco positivo fora feito antes. E se não o foi na totalidade, esteve muito perto, ante um Real que se apresentou melhor estruturado, mais entrosado, com maior controlo de bola nos passes, embora a velocidade de ataque fosse menor.
Os espanhóis foram os primeiros a criar perigo, logo aos 8′, quando Rui Patrício foi obrigado a sair da baliza e ir até ao limite da pequena área – o que normalmente não o faz – para socar a bola para longe no seguimento de um canto, mas o Sporting respondeu dois minutos depois com um potente pontapé de William mas ao lado.
Depois de uma dezena de minutos numa toda mais morna, o Sporting coloca-se na posição de vencedor (21′) com um golo pleno de oportunidade que Maurício não enjeitou. Adrien marcou o livre de para a o poste mais longe da baliza de Bravo, onde surgiu o novo reforço dos leões a cabecear de forma vitoriosa.
Poucos minutos depois, Rui Patrício foi obrigado a nova defesa de monta, seguindo o jogo mas sem se ver uma transposição de bola defesa, linha média e ataque de forma planeada. Na esquerda, Capel continua na mesma: agarra a bola e não a “descola”. Vai até quase à linha final e como não tem ângulo para centrar ou rematar nem têm ninguém por perto, volta para trás e tudo recomeça, pelo mesmo lado ou pela direita. Labyad e Cissé raramente estavam a fazer algo (não regressaram das cabinas e muito bem).
Aos 40′, num ataque duplo, via André Martins e Cedric, este último centra para o lado contrário onde não surgiu ninguém para rematar.
E no minuto 45′ os espanhóis podiam ter empatado por Seferovic porquanto só tinha Patrício pela frente e chutou para fora.
Na reentrada, as duas equipas fizeram as primeiras substituições e o maior benefício foi para o Sporting, com Wilson e Esgaio a dar outra vida a formação verde e branca.
Ainda assim, foram os espanhóis que voltaram a ter duas oportunidades para marcar. Na primeira (48′), Chorycastro criou calafrios a Patrício, que viu a bola por ele chutada sair pelo lado contrário sem que ninguém lá chegasse e, na segunda (51′), Vela na zona frontal à baliza, rematou forte, à meia volta, obrigando Patrício a aplicar-se a fundo para manter a baliza inviolável.
E três minutos depois (54′), num rápido contra-ataque, a bola é rechaçada pela defesa, chega aos pés de Adrien, que “alça” a perna para um potente remate a levar a bola a entrar na baliza a poucos centímetros do travessão, sem qualquer possibilidade de defesa de um guarda-redes que ficou “Bravo” porque ninguém fez barreira.
Com esta vantagem (2-0) e com a maior animação que se verificou a partir dos 60 minutos, com a entrada de Fokobo, João Mário, Rinaudo, Carrillo e Montero (juntando-se a Wilson e Esgaio, que deram entrada aos 45′), o Sporting passou a ter mais dinâmica mas, ainda assim, mantendo-se sem fio de jogo o que, nesta altura, era normal, face à heterogeneidade dos jogadores em campo.
Aos 60′ Esgaio – que nos pareceu estar em posição de fora de jogo – não aproveitou para marcar, tal como se verificou por parte do real, com Marcelo a defender para canto, depois com Agirretxe a atirar por cima e ainda com William, na sequência de um canto, a atirar à rede lateral externa da baliza.
Não foi um primor de jogo – visto por 28.994 espectadores, o foi muito bom – mas deu azo a que os respectivos treinadores tirassem mais alguns apontamentos em relação ao onze que pretendem apresentar quando as coisas forem mais a sério (a I Liga inicia-se a 18 de Agosto próximo). E o real merecia, pelo menos, o golo de honra.
Saúda-se o facto de as camisolas do Sporting já apresentarem os dorsais (números) como deve ser, em termos de visualização para os jornalistas que operam na bancada da imprensa, pese embora a iluminação seja ainda deficiente numa parte significativa.
Ainda assim, relevo para Rui Patrício, Maurício, William, Adrien, Wilson, Eric e Esgaio; no Real, destaque para Bravo, Elustondo, Vela, Zurutusa, Estrada, em especial.
Sob a direcção de Hugo Miguel, coadjuvado por Pedro Garcia (os fora-de-jogo são para se assinalar e tempo) e Hernâni Fernandes, as equipas bases alinharam:
Sporting – Patrício; Cédric, Maurício, Eric e Jefferson; André Martins, Adrien e William; Labyad, Cissé e Capel.
Real Sociedade – Bravo; Estrada, Cadamuro, I. Martinez e José Valdés; Zurutuza, Elustondo e Pardo; Vela, Seferovic e Chorycastro.
No Sporting jogaram ainda os oito suplentes (Marcelo, Montero, Carrillo, Rinaudo, Wilson, Esgaio, João Mário e Fokobo), tal como os espanhóis Griezmmann, Agirretxe, Rós, De La Bella, Etxaneguren, Zaldua, Sangalli, Fuchs e Gaztañaga.

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