Para o mundial de Moscovo (10 a 19 de Agosto próximo), Portugal apenas tem, neste momento, uma dúzia de atletas com mínimos, no que é um número dos mais reduzidos de sempre.
Se se mantiverem estes doze atletas – e nem todos parecem estar em condições de justificar a presença – Portugal arrisca-se a estar abaixo do mínimo (14) de 2003 (Paris) e bem perto do que se verificou em 1983 (primeira edição do campeonato, porquanto a inicial foi denominado Jogos Mundiais), onde apenas estiveram onze atletas. O máximo está em 30 (2009, em Berlim), com registo para 29 em 1997 (Atenas).
Numa paridade de seis homens para seis mulheres, a situação actual é a que se apresenta:
Masculinos – Hermano Ferreira (maratona), João Vieira (50 e 20 km Marcha, Sérgio Vieira (20 km Marcha), Marco Fortes (peso), Edi Maia (vara) e Marcos Chuva (comprimento).
Femininos – Dulce Félix (10.000), Marisa Barros (Maratona), Inês Henriques, Vera Santos e Ana Cabecinha (20 km Marcha) e Irina Rodrigues (disco).
Há atletas que tem resultados próximos do mínimo B e que podem consegui-los até domingo, último dia marcado pela Federação Portuguesa de Atletismo e que corresponde ao Campeonato de Portugal, que terá lugar em Leiria.
Entretanto, durante esta semana e face a provas a realizar no estrangeiro, é provável que alguns ainda tentem obter o passaporte antes do campeonato.
Nélson Évora (triplo), Hélio Gomes (1.500), Rasul Dabó (110 barreiras), Susana Costa e Patrícia Mamona (triplo) são alguns dos atletas que estão nestas condições, a que se junta a formação masculina de 4×100 metros, que ficou apenas a três centésimos há poucos dias.
Por outro lado, Marisa Barros já admitiu publicamente que não deve estar em condições para ir à maratona face a uma lesão numa coxa, com contornos ainda não definidos em concreto.
Aguardemos com expectativa o que vai acontecer ao longo desta semana e até domingo.