Quarta-feira 27 de Novembro de 2024

A ciência das … substituições

Benfica NewcastleEuropa League – Benfica, 3 – Newcastle, 1

A sorte de uns é o azar de outros ou um azar nunca vem só. O que não invalida o excelente triunfo do Benfica, mais calmo do que se previu de início.

O azar veio da infantil asneira cometida pelo defesa Santon, quando ao atrasar para o seu guarda-redes colocou a bola nos pés de um Lima que tinha acabado de entrar e que, fresco e rápido, apanhou a bola e frente ao guardião visitante marcou sem apelo nem agravo.
A outra asneira (ou azar) foi o facto de Alan Pardew, o técnico dos visitantes, não ter percebido as duas substituições por Jesus três minutos antes, quando retirou Rodrigo e André Gomes para fazer entrar o “fatal” Lima e Enzo Perez, que deram outra “roupagem” à formação benfiquista, até aí muito perdulária e pouco coordenada.
O Benfica teve a sorte por um lado e soube aproveitar estes deslizes, ao contrário do Newcastle que podia ter “acabado” com o jogo aos 22′ quando Cissé, acorrendo a cruzamento de Gutierrez, rematou ao poste com Artur sem poder fazer nada.
Isso fez o Benfica avançar mais um pouco e Rodrigo (25′) chegou ao empate numa recarga de uma bola que Krul tinha magnificamente defendido a remate de Cardozo.
Logo a seguir, dentro da área dos visitantes, há um remate de André Gomes à “queima-roupa” que os jogadores do Benfica gritaram por grande penalidade. Mas que não foi, segundo o critério do árbitro.
Rodrigo (35′) e Matic (40′) ainda criaram algum perigo junto da baliza de Krul mas o resultado não sofreu alteração até ao intervalo.
No primeiro minuto do segundo tempo, o Newcastle teve outra grande oportunidade de golo mas a bola foi bater no poste. Cissé, desta vez lançado por Simpson, rematou mais em jeito do que em força e a bola rolou para o poste mais longe, com Artur a não atinar com a defesa.
Rodrigo (56′) cruzou para Cardozo, perto da pequena área, que não chegou a tempo de empurrar a bola para abaliza, falhando o remate por milímetros, e aos 65′ o Benfica passou para a frente do marcador com um golo-oferta de Lima, depois de ter interceptado um mau atraso de Simpson para o seu guarda-redes. Como a Páscoa ainda está perto na memória das pessoas, foi uma prenda caída do céu, valendo também a perspicácia do avançado benfiquista.
E quatro minutos depois (69′), chegou-se ao resultado final com o terceiro golo apontado por Cardozo, na transformação de uma grande penalidade (provocada por mão na bola, numa decisão do árbitro de baliza e não de campo, que tinha mandado seguir a jogada).
A falta teve que ser marcada por duas vezes para valer como golo, isto porque não se percebeu o porquê da repetição.
A partir daqui, como o jogo ganho e sem que se visse grande resistência por parte dos visitantes – que até podiam ter levado quatro bolas na viagem de regresso se Krul não o salvasse aos 81′ – pouco mais se registou de interessante a não ser que foram registados na Luz 44.183 espectadores, o que foi muito bom.
Posto isto, o Benfica parece ter o caminho aberto para as meias-finais, mas ainda faltam noventa e minutos e … em Newcastle.
Realce para Cardoso, Olá John, Rodrigo, Lima (pelo golo), Gaitan, Matic e Melgarejo (Benfica); Krul, Simpson, Sissoko, Cissé, Perch, Taylor e Merveaux.
A equipa francesa chefiada pelo árbitro Antony Gautier não teve problemas de maior e muito menos influiu no resultado, o que foi positivo.
Negativo só o facto de um elemento que estava na bancada das claques do Benfica ter sido assistido pelos bombeiros, ao mesmo que o Corpo de Intervenção passou à acção nesse momento, o que acalmou os ânimos.
As equipas:
Benfica – Artur; André Almeida, Luisão, Garay e Melgarejo; Ola John, Matic e André Gomes (Enzo Peréz, 61′); Rodrigo (Lima, 61′), Cardoso (Máxi Pereira, 76′) e Gaitán.
Newcastle – Krul;Simpson, Taylor, Yanga-Mbiwa e Santon; Gutierréz, Perche e Cabaye; Sissoko, Cissé e Marveaux.
Disciplina: amarelos para Perch (19′) e Rodrigo (28′).

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