LIGA ZON/SAGRES – Benfica, 6 – Rio Ave, 1
Meia dúzia de brindes da defesa forasteira e oito amarelos desnecessários na sua maioria, ficaram a assinalar uma vitória justa do Benfica, que foi o melhor em campo, numa partida que começou seca e acabou molhada. Pela chuva.
Depois do Rio Ave ter conquistado o primeiro canto do jogo (4′) e de Salvio ter rematado forte mas ao lado (7′), foram preciso apenas quatro minutos para os comandados de jesus abrirem o activo, aproveitando o primeiro deslize da defesa avense.
Um passe largo de Gaitán, da direita para a esquerda – sem que a defesa actuasse – permitiu que a bola chegasse a Melgarejo, que teve tempo de parar a bola e rematar sem qualquer oposição para o golo inicial, mercê da maior pressão benfiquista, como seria de esperar.
Nunca se remetendo à uma defesa cerrada (embora com cinco homens na linha mais atrasada e saindo, sempre que podia, para um contra-ataque rápido), o Rio perdeu uma oportunidade para empatar quando Ukra, na marcação de um livre directo (13′), rematou à barra, com a bola a sair por cima.
Foi como que o mote para o Benfica chegar ao 2-0 (15′). Nico Gaitan marcou o canto e Matic, vindo de trás e de cabeça “afiada”, cabeceou para a baliza sem a oposição de ninguém, tal como no primeiro golo. Dois “brindes” seguidos da defesa avense previa-se algo de pouco positivo.
E assim aconteceu, porquanto o Benfica (41′) chegou ao 3-0 da mesma forma, isto é, com a defesa toda parada e a permitir o passe de Enzo Perez para Lima marcar com facilidade, que podia ter acontecido mais cedo se o próprio Lima não falhasse apenas com Oblak pela frente.
Minutos antes (aos 18′), Ukra vê um cartão amarelo quando cai na grande área do Benfica, em jogada com a defesa benfiquista, quando ou não marcava nada seria grande penalidade contra o Benfica. O árbitro nortenho Rui Costa viu mal.
No segundo tempo, Lima (49′) aumentou a vantagem para 4-0 – no que foi o 100º golo do Benfica na presente época – tendo aproveitado mais uma bola perdida pela defesa do Rio Ave, que ripostou logo de seguida e marcou o que veio a ser o golo de honra, obtido por Hassan, de forma inadvertida, já que a bola chutada por Tarantini, lhe bateu nas costas e entrou na baliza de Artur.
Aos 60′, Wires leva com o segundo amarelo, o mesmo sucedendo a Edimar (71′), reduzindo o Rio Ave a nove homens, no que foi um “fartar vilanagem”, porquanto foram amarelos dados a martelo, não justificados. De novo um Rui Costa muito caseiro.
Outra boa notícia para o Benfica foi a presença de 45.862 espectadores, que assistiram (76′) ao quinto golo, de novo por Lima, depois de Cardozo receber a bola em posição de fora de jogo e centrar para Melgarejo que a endossou ao nº 11 benfiquista para marcar.
Novo fora de jogo não assinalado, desta vez a Ola John, dá em nada mas o Benfica chegou ao 6-1 (81′) com todas as facilidades. Com menos dois jogadores, Ola John arrancou pela direita e rematou ao poste mais perto para a bola ir ter ao poste mais longe onde Enzo Perez, sem ninguém por perto, apenas empurrou a bola para dentro da baliza.
Vitória sem discussão do Benfica mas com golos a mais. Primeiro porque a defesa do Rio Ave não esteve lá e depois porque ficou com 10 a partir dos 60 minutos e com 9 desde os 71 minutos. Demais para uma equipa só.
Realce para Lima, Salvio, Gaitan, Matic e Melgarejo (Benfica), Oblak, Nivaldo, Tarantini, Ukra, Bebé e Marcelo (Rio Ave).
Na lei dos fora-de-jogo o auxiliar do lado do banco dos suplentes não acertou, enquanto Rui Costa primou por amarelar quase toda a gente sem justificações plausíveis para mais de metade, tendo influenciado o andamento do jogo.
Com este triunfo, o Benfica mantêm os quatro pontos de vantagem sobre o F. C. Porto, que também venceu em Coimbra (3-0). Com o empate do Estoril o Sporting pode ganhar lugares importantes para a UEFA, caso vença em Braga.
As equipas:
Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Melgarejo; Salvio (Ola Joihn, 45′), Matic e Gaitán (Cardozo, 75′); Lima (Aimar, 82′), Enzo Perez e Rodrigo.
Rio Ave – Oblak; Lionn, Marcelo, Nivaldo (Braga, 45′), Rodriguez (Diego, 63′) e Edimar; Tarantini e Wires; Ukra, Hassan e Bebé (André Costa, 75′).