O nulo que se registou em Alvalade espelha a inépcia dos atacantes das equipas em confronto, não se podendo afirmar, peremptoriamente, quem fez mais “asneiras”. Claro que quem ficou pior foram os portistas, que podem perder este domingo a liderança da competição.
No jogo que marcou o regresso de Liedson e Izmailov a Alvalade vestindo de azul e branco, os “dragões” não conseguiram vencer, uma vez mais, o que já se verifica desde 2008.
Labyad foi o primeiro a dar sinal de perigo para o Sporting mas foi no contra-ataque o Porto podia ter marcado, depois de Fernando ter lançado Jackson, que não fez golo porque Patrício estava lá e defendeu muito bem.
Num jogo movimentado dos dois lados, o Porto foi o mais esclarecido e Danilo (8′) marcou um livre levando a bola a rasar o poste da baliza de Patrício, isto quando a bancada da comunicação social ficou sem luz, o que voltou a acontecer um tempo depois. As “baterias” do clube de Alvalade estão mesmo em baixo em todos os sentidos…
Os “dragões” mandavam no meio-campo, onde Fernando, Defour e Lucho não davam margem de manobra aos sportinguistas, tendo sido mesmo o Porto que podia ter marcado quando Defour rematou para uma grande defesa de Patrício (21′), guardião que viu uma cabeçada de Jackson, no seguimento de um canto, a sair junto ao poste do lado contrário onde se encontrava. Jackson que, aos 37′, não acertou com a baliza com o caminho todo aberto.
Só aos 38′é que o Sporting, através de Labyad, fez um remate de jeito, levando a bola a sair junto ao poste.
E a grande oportunidade de golo, no primeiro tempo, surgiu aos 42′ quando Wolfswinkel, desmarcado na área e apenas com Helton pela frente, rematou para as mãos do guardião portista.
Helton que, no minuto suplementar, quase provocava o golo do Sporting depois de se atrapalhar com um Maicon, sobrando a bola para Wolfswinkel que já tinha desistido de lutar pela sua posse.
A um Porto muito mais mexido e com o passe de bola feito no tempo certo, surgiu um Sporting com passes a mais e muitas vezes desviantes, a que se acrescentou o não largar a bola a tempo, onde Capel é mestre. E ninguém lhe dize que é para jogar com os restantes jogadores.
No segundo tempo, Wolfswinkel é travado em falta à entrada da área portista, mas Paulo Batista, por perto, disse que não era nada, quando surgiu a primeira substituição e para o Sporting: Labyad deu o seu lugar a Bruma, enquanto Vitor Pereira colocou Atsu e James nos lugares de Izmailov e Varela, tendo Jesualdo feito entrar Carrillo (74′), que não produziram grandes efeitos para os 27.436 espectadores presentes, um número dos mais baixos de sempre em encontros entre estas duas equipas.
Pese embora tivesse detido mais tempo a bola em seu poder, a verdade é que o Porto não soube tirar partido disso, mesmo com a entrada de Liedson (81′), já que o Sporting pouco subia no campo.
Num outro contra-ataque (89′) Wolfswinkel apareceu a disputar a bola com Helton fora da área, mas o avançado holandês atrapalhou-se com o esférico e nem chegou a rematar.
Realce para Patrício, Capel e Wolfswinkel (ainda assim pelo esforço feito), Labyad, Rinaudo e Eric, enquanto Helton, Danillo, Jackson, Otamendi e Defour foram os melhores nos dragões, ainda assim sem “fogo” para este embate.
Paulo Batista, apesar das falhas cometidas – uma que podia dar golo quando Wolfswinkel é empurrado à entrada da área do Porto e nada marcou – teve nota média, bem como os auxiliares José Braga e Valter Rufo.
As equipas alinharam:
Sporting – Patrício; Miguel Lopes, Illori, Rojo e Joãozinho; Rinaudo, Adrien (Carrillo, 74′) e Eric Dier; Labyad (Bruma, 60′), Wolfswinkel e Capel (Fokobo, 80′).
F. C. Porto – Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Lucho, Fernando e Defour (Liedson, 81′); Varela (Atsu, 66′), Jackson e Izmailov (James, 56′).
Disciplina: amarelos param Izmailov (37′), Maicon (80′), Fernando (85′), Carrillo (80′) e Rojo (44′ e 77′, sendo expulso). Paulo Baptista expulsou Oceano Cruz e Jesualdo Ferreira.
Artur Madeira