Depois de uma primeira parte praticamente apagado, John reentrou em campo disposto a mudar tudo, quiçá por ter ouvido das “boas” de Jesus. Que tinha razões para isso. Foi aos 60′ que a “broca” do Olá abriu o activo e o caminho do apuramento.
Afinal, era o objectivo de chegar aos oitavos-de-final que estava em causa e isso valia mais alguns milhões para o Benfica. Que agora se terá de haver com o Bordéus, em 7 (Lisboa) e 14 de Março.
No primeiro tempo, três fases distintas: os primeiros 45 minutos foram dos alemães e por dois motivos bem fortes. O primeiro aconteceu logo aos dois minutos, quando Artur faz uma grande defesa a evitar um possível golo dos forasteiros, o que não teria efeito porque o atacante estava em fora de jogo.
O segundo momento foi quando, aos 11′, Kiessling, dando seguimento de um passe Carvajal, atirou a bola ao poste de Artur, no que também foi o primeiro momento de sorte para o Benfica.
O segundo período, entre nos 15 e os 30′, o Benfica começou a equilibrar o jogo, quase sempre jogado em toada rápida de um e de outro lado, com Gaitán (15′) a cabecear para uma enorme defesa do guardião Leno, no único lance mais dinâmico.
A partir dos 30′. O Leverkusen criou três oportunidades para golo mas o azar estava lá. O primeiro (35′), quando Kiessling (de novo), remata mas à figura de Artur; o segundo (37′) quando Schurrie remata muito devagar e Artur agarra sem dificuldade e o terceiro (39′) com Schurrie a rematar ao poste.
No segundo tempo e depois de (50′) ter metido a bola na baliza de Artur mas em situação de fora-de-jogo, os alemães tentam regressar à mó de cima mas a abertura dada pela defesa a Olá John deu cabo de tudo. O avançado benfiquista controla a bola vinda de Artur, junto à linha central do campo, corre pela esquerda, finta um, finta dois, desvia-se mais para o meio campo onde, com um remate em arco e de belo efeito, faz o 1-0.
O jogo continuou em toada rápida, de um lado e do outro, mas são os alemães que voltaram a criar perigo aos 67′, com Rolfes, por duas vezes, a obrigar Artur a defesas de alto nível para manter a inviabilidade.
Aos 74′, de novo em foco, John, depois de se isolar, centra para o lado contrário onde surgiu um Salvio, com a cabeça “torta”, atirou ao lado.
E na resposta chegou-se ao empate. No seguimento de uma jogada iniciada no seu meio campo, a bola chega a Schurrie que (75′) remate fora do alcance de Artur e criou-se, logo, pelo que o Benfica parecia estar em queda, que o jogo iria ter um final algo complicado em termos de resultado.
Mas foi sol de pouca dura. É que o Benfica voltou a passar para a frente (dois minutos depois) do marcador. Com a defesa “perdida” no meio campo, Lima aproveitou um deslize e correu poucos metros para centrar a bola para a zona onde se encontrava Matic para dizer o sim ao golo.
Os alemães sentiram a “estocada” e até podiam ter sofrido mais um golo não fosse as falhas cometidas por John e w Alvio (este ainda do mesmo John) ter enviado a bola ao lado com a baliza completamente aberta.
Valeu a pena ver o jogo, pelo seu nível de “saúde física” e porque o Benfica seguiu em frente. Com uma estrelinha, é verdade, mas mereceu.
Destaque para Artur, Garay, Luisão, Gaitán, Matic e Olá Johm. Nos Leversusen, nota mais positiva. Leno, Kiessling e Schurrie, além de Boenich e Rolfes.
O árbitro checo Pavel Kralovec teve alguns erros de interpretação mas falhou pouco, como também os árbitros auxiliares (Roman Slysko e Martin Wilczek), muito bem nos fora-de-jogo.
As equipas:
Benfica – Artur; André Pereira, Luisão, Garay e Melgarejo; Carlos Martins (Salvio, 52′), Matic e Gaitán; Enzo Perez, Cardozo (Lima, 63′) e John.
Bayer Leverkusen – Leno; Carvajal, Wollscheid, Toprak e Boenische; Reinartz (Milik, 72′), Rolfes e Bender (Hegeler, 56′); Castro, Kiessling e Schurrie.
Cartões amarelos para Bender (27′), Carvajal (45+2′), Enzo Perez (54′), Olá John (60′) e Matic (90+3).
Artur Madeira