Uma grande penalidade que deixou muitas dúvidas, originou o único golo obtido pelo Benfica quatro minutos depois dos noventa regulamentarmente definidos, mas ainda com cinco para jogar, segundo o critério do árbitro sem justificações plausíveis.
É verdade que couberam ao Benfica as melhores oportunidades de golo mas também o é que nenhum dos remates acertou no alvo, ou por causa do poste ou da barra, das grandes defesas do guardião Ricardo ou da falta de pontaria dos avançados benfiquistas.
No entanto, podendo aceitar-se o triunfo do Benfica, pelo atrás referido, os nove minutos de prolongamento não se justificavam e alguma “aselhice” ou falta de pontaria dos jogadores do Benfica seria o “castigo”, para o caso merecido pelos estudantes, que sempre souberam “tapar” todos os caminhos para a baliza de Ricardo, o melhor jogador em campo. Um deslize de João Dias, se é que o foi, deitou tudo a perder e lá se foi a grande lição de humildade.
A primeira oportunidade para o Benfica surgiu logo aos 6′, quando Rodrigo rematou para as malhas laterais da baliza, nas poucas vezes que a linha média e a defesa academista “deixou” espaço para rematar.
Aos 12′, Rodrigo voltou a incomodar Ricardo mas a bola foi desviada para canto por um deseja, seguindo-se um período com Lima, Maxi e Rodrigo a chutar para fora, sendo que Maxi (19′) aproveitou um ressalto e, em posição semi-deitado, rematou forte mas à figura do guarda-redes.
No segundo período do meio tempo, os remates foram poucos, ainda assim por parte de Lima, para ser Maxi o mais perigoso (30′) a rematar de longe para uma grande defesa de Ricardo.
O segundo tempo começou (49′) com um forte remate de Olá John ao poste e Rodrigo, logo a seguir (53′) rematou para uma grande defesa de Ricardo. O jogo “empastelou” com a bola a ser jogada apenas nos dois meios campos, quando Jorge Jesus (aflito) faz duas substituições como que de “emergência”. Saíram Rodrigo (até aí o único rematador da equipa) e André Almeida (apagado desta vez) para entrarem Carlos Martins e Gaitan. Pelo que se viu, sem efeitos práticos.
Depois de se saber que 36.206 espectadores foram registados na Luz (entre eles todos os elementos da comunicação social), Lima (77′) e Melgarejo (80′) ainda remataram mas também não acertaram no alvo, o jogo vai para um demasiado longo prolongamento, onde o
Benfica chega ao golo.
Numa bola disputada ombro a ombro, com puxa dali empurra dacolá entre João Dias e Gaitan, este último cai e Nuno Almeida assinala grande penalidade, que Lima cobrou aos 90+4′ e deu o triunfo ao Benfica. Do resto já se disse tudo.
Maxi Pereira, Salvio, Garay, Enzo Perez e Rodrigo foram os melhores no Benfica, enquanto Ricardo foi o herói da Académica (pelo que não merecia tamanho castigo), seguido por João Real, Ferreira, Hélder Cabral, Cleyton e Marinho.
Nuno Almeida (Algarve) teve o senão da grande penalidade porque, de resto (além do excessivo prolongamento na segunda parte) passou mais ou menos despercebido, a par dos auxiliares Paulo Ramos e Nuno Vicente.
As equipas:
Benfica – Artur; Máxi Pereira, Luisão, Garay e Melgarejo; Salvio, André Almeida (Carlos Martins, 66′) e Olá John (Kardec, 60′); Enzo Perez, Lima e Rodrigo (Gaitan, 66′).
Académica – Ricardo; João Dias, João real, Ferreira e Hélder Cabral; Bruno China (Makekele, 74′), Cleyton e Keita; Marinho, Cisse (Edinho, 80′) e Wilson Eduardo (Ogu, 71′).
Cartões amarelos para Maxi Pereira (39′), Cleyton (50′), João Dias (90+4′). Vermelho para Hélder Cabral (90+6′), ambos na sequência da grade penalidade.
Artur Madeira