Com um golo madrugador (5 minutos), podia adivinhar-se que ia ser um “vê se te avias” em termos de golos e que a festa seria prolongada. Não foi tanto assim, nem em termos exibicionais, mas o Benfica ganhou bem.
Mas como de “madrugada canto galo”, a verdade é que só no segundo tempo surgiu a confirmação, com dois golos em oito minutos.
No tempo inicial e depois de Rodrigo ter obrigado Kieszek a uma excelente defesa, esticando-se para desviar a bola da baliza, coube a Enzo Pérez, com alguma culpa para a defesa vitoriana – que não cobriu como devia ser – que apanhou a bola na zona de entrada da grande área, completamente só, tendo tempo para rematar em arco e fazer o 1-0.
Aos 14′, Jorginho teve o empate nos pés mas enviou a bola a milímetros do poste e até cerca dos 25′ nada de passou que merecesse realce, a não ser a substituição forçada de Bruno Gallo, depois de um choque (de cabeça) com um defesa do Benfica.
Aos 35′, num rápido ataque, Maxi Pereira centra para a área setubalense onde, na passada, Rodrigo chuta para fora.
Nos três minutos de desconto, Salvio surgiu isolado, em posição que nos pareceu fora-de-jogo, mas também não houve golo e a primeira parte terminou.
O segundo tempo começou praticamente com o segundo golo do Benfica, por intermédio de Lima (47′), deixando algumas dúvidas se estava em posição correcta, aproveitando da melhor forma um passe de Rodrigo. A verdade é que o árbitro sancionou o 2-0.
Oito minutos depois surgiu o 3-0, desta vez por Rodrigo e a passe de Lima, com a defesa e o próprio guarda-redes a ver a bola passar sem intervirem, golo que, na prática, “matou” o jogo e, em especial, o Vitória.
Nesta altura, o resultado era “pesado” para o Vitória, porque dava grande luta mas não conseguia chegar ao golo, porque quase tudo se perdia na linha média dos benfiquistas, já que os remates não surgiram.
Embora o ritmo se tivesse mantido em tom alto, o momento de perigo mais significativo surgiu aos 72′m quando Aimar, sem ninguém ao lado e na frente, tentou fazer um “chapéu” mas a bola foi directa opara a bancada.
Três pontos assegurados para gáudio dos cerca de 40 mil espectadores (39.538) numa noite gelada.
Realce para Luisão, Ola John, Enzo Pérez, André Gomes e Luisinho (Benfica), Kieszek, Miguel Pedro, Bruno Amaro, Cristiano, Jorginho e José Pedro (que devia ter jogado de início).
Na lei dos fora-de-jogo os árbitros auxiliares (Alexandre Freitas e Paulo Vieira) continuam sem atinar na verdade da lei, enquanto Vasco Santos esteve relativamente bem, pese embora umou outro erro sem influência.
As equipas:
Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Luisinho; Salvio (Nico Gaitan, 63′), André Gomes e Ola John; Rodrigo (Pablo Aimar, 70′), Enzo Pérez (Urreta, 84′) e Lima.
V. Setúbal – Kieszeck; Pedro Queirós, Miguel Lourenço, Jorge Luiz e Ney Santos; Bruno Turco (Nelson Pedroso, 67′), Bruno Gallo (José Pedro, 29′) e Bruno Amaro; Cristiano, Jorginho e Miguel Pedro (Pedro Santos, 59′).
Artur Madeira