Apesar do atraso de uma hora no inicio da manifestação, por um acidente ocorrido na A1, foram milhares os professores que vieram protestar a Lisboa contra o Governo.
A manifestação organizada pela Fenprof tinha como objectivo protestar contra as medidas do Governo de Passos Coelho e Paulo Portas – cortes no sector da educação, reforçado o protesto com as medidas que o recente relatório do FMI sugere para a educação em Portugal.
Além dos dirigentes dos sindicatos – Mário Nogueira entre outros, da CGTP – Arménio Carlos , a manifestação contou ainda com a participação de um líder sindical da Argentina, que deixou o seu testemunho do que se passou no seu país após a intervenção do FMI, e ser solidário com os colegas portugueses.
Ao longo do cortejo foram visíveis as presenças de dirigentes políticos dos partidos da esquerda, como Jerónimo de Sousa, Luis fazenda entre outros. Já a fechar a manifestação estava um núcleo de elementos do movimento 12 março.
Já na Praça do Rossio, o líder da Fenprof fez um discurso em que atacou fortemente o pacote de medidas que o Governo pretende aplicar aos professores e a todo sector educativo, agora agravadas com as sugeridas no relatório “encomendado” ao FMI.
Mário Nogueira destacou entre outras coisas situações falou de um exame exigido aos professores que segundo o dirigente sindical não vai ter vida fácil, vai ser combatido, pois é uma proposta que visa por em causa todo o trabalho de professores com 10, 20, 30, 40. Não entende que se pretende avaliar a qualidade da formação dos professores, logo por um governo onde um ministro obteve a sua licenciatura por equivalência. Durante o discurso fez referência ainda a estudos que comparam o ensino privado vs publico, duvidando da sua qualidade de resultados pois na sua opinião os estudos recentes da Universidade Porto vem colocar em causa todos os que dizem que o privado é de melhor qualidade que o ensino público.
A Fenprof marcou uma jornada de LUTO de 18 a 22 fevereiro mas desta vez nas escolas, dias de luto pelo ensino publico não porque por este estar a morrer mas porque o querem matar, porque querem matar o futuro daqueles que com que os professores trabalham todos dias, os jovens.
“Lutamos para que isto mude, Futuro para a Juventude” com esta frase, estas palavras de ordem que terminou a manifestação, quando já era noite.
A Fenprof vai questionar a actuação das forças policiais na resolução do acidente ocorrido na A1 que bloqueou vários dos autocarros e outros veículos que traziam pessoas para a manifestação.