Segunda-feira 23 de Novembro de 6178

Brindes divididos dão … empate!

Benfica-Porto H0P0833Um brinde para cada lado, quiçá por estarmos ainda na quadra dos Reis, acabou por estar na origem do empate final entre o Benfica e o Porto, o que não terá agradado a todos, em face dos comentários de ambos os lados, mas que foi o mais ético e justo.

Duas “rajadas” fortes e tão rápidas como mais ou menos inesperadas, estiveram na origem dos quatro golos do desafio, para gáudio dos 60.556 espectadores presentes, com o Benfica a voltar a não conseguir vencer os homens do norte.

Depois de Helton ter sido posto à prova logo aos três minutos, ao defender uma bola cabeceada por Salvio, no seguimento de um canto marcado por Cardozo (inédito!), o golo inicial surgiu pouco depois e para os portistas.

Num contra-ataque rápido pelo lado esquerdo, João Moutinho conquista um livre ainda que bem longe da área da baliza de Artur. Chamado a marcá-lo, fê-lo com conta, peso e medida para a área à guarda de Artur onde surgiu Mangala que, mais rápido do que todos, rematou para o primeiro golo. Decorria o minuto 7.

Golo que não aqueceu nada. Dois minutos depois o Benfica empata por Matic, com um golo soberbo à meia volta. Cardozo marcou o canto, a bola foi rechaçada para perto de si, que endossou de imediato para Matic fazer o tal remate fulminante.

Parecia estar lançado o mote para os golos. E era mesmo verdade.

Aos 14, o Porto passa novo para a frente do marcador. Demorando a despachar a bola da sua grande área, Artur permitiu que Martinez se apoderasse dela e seguisse para baliza deserta para fazer o 2-1. Mas o Benfica não tremeu, apesar do brinde ofertado pelo guardião benfiquista.

Também dois minutos depois voltou a empatar. Desta vez o brinde foi da defesa portista. Com a área do Porto quase repleta de jogadores, Salvio rematou para uma boa estirada de Helton que não conseguiu segurar a bola, tendo surgido Gaitan a rematar com força entre o emaranhado de jogadores e a bola a entrar sem problemas.

Com apenas 16 minutos jogados, podia pensar-se que o “folclore” de golos iria continuar, já que o harmónio parecia estar afinado. Mas acabou por aí mesmo.

Ainda se jogou assim mais um quarto de hora mas a emoção é que começou a “baixar” de nível, chegando-se ao intervalo sem factos dignos de grande registo.

No segundo tempo, a calma foi maior – quiçá pelo cansaço – e o jogo passou a fazer-se mais a meio campo, onde morriam quase todas as hipóteses de avançadas, já que os caminhos para a baliza estavam mais estreitos.

Só aos 67′ “cheirou” a golo, quando falhou o remate e Helton defendeu sem dificuldade.

Depois começaram as substituições, com a novidade de Ismaylov se estrear pelo Porto, que não produziram resultados palpáveis, apesar de Cardozo (76′) ter tido oportunidade de marcar, partindo da posição de fora de jogo, que Helton negou ao defender para canto.

Um resultado que se considera justo, e onde se devem destacar Maxi Pereira, Salvio, Gaitan, Matic e Garay, no Benfica, Helton, João Moutinho, Martinez, Varela, Mangala e Fernando, no Porto.

João Ferreira (Setúbal), cometeu erros a nível disciplinar e técnico mas, mesmo assim, não influiu no resultado final. Já os seus Assistentes tem de estar mais atentos à linha dos jogadores, por causa dos foras de jogo, que surgiram e ficaram por assinalar.

Resta ainda falar da falta de ética da equipa portista ao não entrar em campo de mãos dadas com as crianças, como toda a gente faz.

As equipas:

Benfica – Artur; Máxi Pereira, Jardel, Garay e Melgarejo; Salvio, Matic e Gaitan (Olá John, 86′); Enzo Perez (Carlos Martins, 57′), Lima (Aimar, 68′) e Cardozo.

F.C.Porto – Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Lucho (Castro, 90+2′), Fernando e João Moutinho; Defour (Izmaylov, 75′), Jackson Martinez e Varela (Abdoulaye, 87′).

Cartões amarelos para Enzo Perez (46′), Matic (62′) e Maxi Pereira (85), no Benfica, João Moutinho (82′), no F. C. Porto.

Artur Madeira

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