Juventude e Maiores
A FIL, no Parque das Nações, vai ter palco, entre 5ª feira e domingo, do III Congresso Internacional de Gerontologia e Geriatria, promovido pela Escola Superior de Educação João de Deus.
Este evento é consagrado à temática “Juventude e Maiores: envelhecimento activo e solidariedade intra e intergeracionalidade” e “O adoecer, a doença e o envelhecimento activo”, integrados noutra acção, que é o “Portugal Maior2012″.
A acção é uma iniciativa no âmbito da licenciatura em Gerontologia Social e realizada de parceria com a Associação Industrial Portuguesa (AIP) e surge numa altura em que “vários países da União Europeia, entre os quais Portugal, se defrontam com um processo significativo de envelhecimento da sua população”, segundo o director da Escola, António Ponces de Carvalho.
Pelo que “esta evolução demográfica constituirá, simultaneamente, um desafio e uma oportunidade. Desafio quanto à descoberta de respostas às problemáticas das patologias e de um envelhecimento sadio. Oportunidade no tocante à construção de uma vasta oferta de recursos (produtos e serviços) destinados à população idosa em geral, com ou sem necessidades especiais”, reforçou ainda Ponces de Carvalho.
De acordo com Joaquim Parra Marujo, coordenador do congresso, “as previsões das Nações Unidas, até ao ano de 2050, os países da Europa do Sul terão as mais elevadas proporções de pessoas com 65 anos de idade ou mais. Em Portugal, segundo as projecções do INE para 2046, a proporção de população jovem reduzir-se-á a 13% e a população idosa aumentará dos actuais 17,2 para 31%. E em 2050 o número de idosos com mais de 65 anos será de 2,95 milhões, o que corresponde a ter 238 idosos por cada cem jovens, o dobro do que agora se verifica, que é de 112 idosos para 100 jovens”.
Dados que reforçam a importância da necessidade de estreitar a intergeracionalidade entre a população idosa e a juventude.
Pelo palco do evento vão desfilar algumas dezenas de “experts”, nacionais e internacionais, na vasta matéria em análise, aguardando-se que possa sair “fumo branco” para trabalhar o futuro com a certeza de que, hoje, é cada vez mais “negro”.