Domingo 26 de Novembro de 9228

Comemorado 26º aniversário – Academia Olímpica de Portugal reforça-se

academia olimpicaVinte e seis anos passaram – neste dia 4 de Dezembro – desde que em 1986 se criou a Academia Olímpica de Portugal (AOP), com o objectivo de defender e promover o ideal olímpico e tudo o que esteja na “tangência”.

Fernando Lima Bello, Aníbal Justiniano e Manuel Ribeiro da Silva (recentemente falecido) foram três dos elementos que formaram a comissão instaladora desta associação, com o objectivo de, por exemplo: estudar e investigar as manifestações olímpicas, quer na Antiguidade, quer na Era Moderna, as suas causas e os seus efeitos nos campos educativo, filosófico, desportivo, social e político; promover e incentivar estudos e acções práticas de sensibilização, formação e divulgação dos ideais olímpicos, sobretudo entre os jovens; estabelecer uma maior ligação entre o Movimento Olímpico e as autoridades escolares, com vista à integração do estudo do olimpismo nos programas escolares; organizar colóquios e seminários sobre olimpismo e cursos de formação de quadros Olímpicos.
Comemoração que começou por uma visita à exposição presente ao Museu do Desporto (onde decorreu o evento), passou pela música (pela soprano Sara Laureano) e acabou com a palestra proferida pelo general Rodolfo Begonha subordinado ao tema “Reflexão sobre o olimpismo”, isto depois de terem sido entregues por Sílvio Rafael (antigo praticante de atletismo e actual presidente da AOP) os cartões aos quatro novos membros da Academia, respectivamente Fernando Martins, Gustavo Marcos, Paulo Ferreira e Jorge Costa.
De forma calma e pausada, em tom olimpicamente colocado, Rodolfo Begonha – que praticou oito modalidades e desempenhou as funções, entre muitas outras, de Director-geral dos Desportos e de presidente da estrutura responsável pela educação física e desporto militar, no âmbito do Ministério da Defesa.
Iniciando a palestra afirmando recordando alguns dos objectivos terrenos, como “contribuir para um mundo melhor e instilar e desenvolver os ideais olímpicos”, Begonha recordou que “na Grécia antiga o que estava em jogo era os rituais e a religiosidade e que, agora, “jogamos” no pacifismo e na pedagogia”, salientando as “ameaças que temos pela frente no que se refere à dopagem, à corrupção, aos poderes económicos e aos atentados à ética”, sendo necessário, reforçou, “tomar medidas concretas e objectivas no combate à fraude”, mais a mais “numa altura em o movimento olímpico está a perder qualidade”.
Concluiu por reforçar a “importância e a aptidão da Academia Olímpica para estudar, aprofundar e implementar a difusão do espírito olímpico a toda a população” conjugadas com parcerias não só no seio do Comité Olímpico como também externas.
Um dos mais jovens membros da AOP, Gustavo Marcos, teve oportunidade de demonstrar as suas qualidades de orador ao versar a história e vida do Barão Pierre de Coubertain (nascido há 150 anos, comemorando-se o 75º aniversário do seu falecimento), terminando por sugerir que se proponha ao Comité do Nobel, na Noruega, a distinção deste então jovem endinheirado, de boas famílias, que preferiu sair da “rotina dos ricos” para se embrenhar num evento que é, hoje em dia, a maior e mais importante – por todos os motivos – festa mundial do desporto, como são os Jogos Olímpicos.

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