Fernando Mota, é o candidato designado por um auto-nomeado G’17, grupo constituído por 17 federações, das quais apenas 12 votaram, havendo um voto contra e duas abstenções, o que resulta, se a aritmética não engana, em nove votos a favor.
Com este número – o mínimo é de sete (ou oito), ou seja, um quarto das 29 federações olímpicas – o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo pode apresentar a candidatura, se bem que o mais importante resulte no número de votos que cada federação possui na votação.
A informação desta candidatura foi divulgada à agência Lusa por Jorge Viegas, que cessou funções como presidente da Federação de Motociclismo
Segundo Jorge Viegas, “o G17 reuniu-se e avançou hoje com a proposta do professor Fernando Mota para as eleições ao COP. A proposta foi sufragada pela grande maioria das 12 federações presentes, houve um voto contra e duas abstenções”.
Recordou ainda Jorge Viegas que Fernando Mota “é um candidato que sai do movimento associativo-federativo, que tem uma experiência de 30 anos na federação de atletismo, primeiro como técnico e depois como presidente e tem uma enorme experiência ligada ao movimento associativo e ao movimento olímpico. E se há federação que tem relevância no seio do movimento olímpico, é o atletismo”.
Presentes na reunião estiveram Fernando Mota, José Luís Ferreira (presidente cessante da federação de triatlo), Artur Lopes (antigo presidente da federação de ciclismo), Paulo Frischknet (natação) e os presidentes das federações de ginástica, vela, ciclismo, basebol, golfe, ténis de mesa, motociclismo, râguebi e canoagem (através de videoconferência).
Não tendo sido explicado, não se sabe o sentido de voto da representação do triatlo, atendendo a que neste fim-de-semana deixou de ser liderada por José Luís Ferreira.
Como se recorda, Manuel Brito, ex-vice presidente do COP, Marques da Silva (secretário-geral do COP) e Carlos Paula Cardoso (presidente da Confederação do Desporto de Portugal) já manifestaram interesse público na candidatura ao cargo, faltando saber ainda se José Manuel Constantino também estará interessado em avançar, atendendo a outro movimento que se encontrava em “trânsito”.
Quanto a federações, há uma que foi eliminada por fusão na Ginástica (a de trampolins e desportos acrobáticos, ainda não actualizado no site do COP), pelo que o universo de 77 membros corresponde a um total de 135 votos (87 das olímpicas, 31 das não olímpicas e 17 das extraordinárias), pelo que, neste momento, nada indica uma supremacia seja para que lado for, sabendo-se que Marques da Silva também já começou a contabilizar a seu favor.
As listas às eleições de Março têm de ser entregues até 10 de Fevereiro.
Até lá, muita água vai passar por debaixo das pontes…
