LIGA ZON/SAGRES – Sporting, 1 – Sporting Braga, 0
Foi um jogo completamente diferente do que fez há poucos dias contra o Gent que levou o Sporting a, finalmente, conseguir marcar três pontos só de uma vez.
Com um golo madrugador (4 minutos), o Sporting ganhou ânimo e, com uma actuação muita boa, em conjunto, conseguiu arrancar para um primeiro tempo que há muito não se via. As jogadas fluíam, havia sempre jogadores no caminho da bola, havia progressão e só não houve mais golos porque Beto não permitiu.
Num passe “prolongado” de Eric e com a defesa bracarense a ver a bola passar, Wolfswinkel surgiu atrás de toda agente e cabeceou para o canto mais perto onde Beto não conseguiu chegar e o golo confirmou-se. Ainda assim, depois de Patrício se ter imposto a um remate de Alan que levava força e a direcção da baliza.
Depois do golo, tudo fluiu da melhor maneira aos leões, quer nos passes certos e, em especial, na antecipação ao adversário em chegar primeiro à bola, o que aconteceu por variadas vezes, ante um Braga algo “apático” e sem a áurea europeia, ou, até, por casa disso, não terá recuperado do esforço feito contra o poderoso Manchester United.
Aos 36′, Elias, isolado, teve o golo à vista mas falhou o alvo e Beto defendeu com os pés, tendo Capel, aos 38′, em mais uma avançada de ziguezague das suas, rematou à figura, chegando-se ao intervalo.
No segundo tempo, o Sporting comandou até aos 60′, quando Elias se isolou e, aproveitando o facto de Beto ter saído da baliza fora de tempo, rematou para a baliza mas o guardião bracarense recorreu aos pés para defender. Depois o Braga começou a tornar-se mais perigoso e, aos 65′, Eder saltou melhor do que todos e cabeceou a rasar a trave.
Aos 70′, Patrício fez a defesa da noite ao parar um forte remate feito por Hugo Viana a cerca de 30 metros, situação que se repetiu aos 74′, com Hélder Barbosa a obrigar o guardião leonino a impor-se de novo.
E a bronca da noite chegou logo a seguir. Do lado direito do ataque, Ruben Micael faz um centro com peso, conta e medida para Adam cabecear a bola directamente para a baliza de Patrício, que ficou especado a vê-la passar. Seria o golo do empate.
Por causas que ninguém descortinou, Pedro Proença invalidou o golo. Adam está sem adversários por perto e cabeceia à vontade, sem ninguém a estorvar. O que é que Proença terá visto? Chamem o Patilhas e Ventoinha. Também descubram…
Aos 78′, Insua marca um livre directo e obriga Beto a uma excelente defesa, o que se verificou logo a seguir (81′) com outro remate, mas de Elias, com Beto em grande plano.
Mas aos 89′ é Patrício que, mercê de uma excelente defesa, voltou a negar o golo aos bracarenses.
E o jogo termina praticamente com um remate de Alan ao poste da baliza e Patrício, que nada podia fazer.
Uma vitória leonina que encheu “as medidas” aos 24.954 espectadores presentes no Alvalade XXI, rodeado de polícia de choque (um até de “shot gun” na mão) até dizer chega para um jogo com fraca assistência e para o qual não se previa nada de especial, tendo em vista os 10 pontos de diferença que o Braga ainda tinha do Sporting.
No Sporting, saliência para Patrício, Xandão, Wolfswinkel, Capel, Elias e Insua, enquanto no Braga os melhores foram Beto, Rúben Micael, Éder, Alan e Elderson.
Pedro Proença “borrou a pintura” ao não validar o golo do Braga, com influência no resultado final, enquanto os seus auxiliares Tiago Rocha e André Campos estiveram melhor.
As equipas alinharam:
Sporting – Patrício; Eric, Xandão, Rojo e Insua; Elias, Pranjic (Gelson, 62′) e Schaars; Carrillo (Labyada, 76′), Wolfswinkel e Capel (Viola, 85′).
Sporting Braga – Beto; Salinas (Hélder Barbosa, 57′), Douglão, Nuno A. Coelho e Elderson (Zé Luis, 85′); Hugo Viana, Ruben Micael e Djamal (Mossoró, 72′); Rúben Amorim, Eder e Alan.
Cartões amarelos: Leandro Salino (11′), Elias (26′), Elderson (29′), Nuno André Coelho (44′),
Marcos Rojo (45+1), Eric e Hugo Viana (50′