Milhares e milhares de militares participaram hoje no protesto da família militar onde os presentes mostraram o cartão vermelho ao Governo e ao Presidente da Republica.
{jathumbnail off}Foi um protesto que juntou as três associações socio-profissionais das forças armadas – Associação de Praças,Associação Nacional de Sargentos e Associação de Oficiais das Forças Armadas. No final desta demonstração da família militar foi aprovada uma moção em que fica garantido que os militares “tudo farão” para não serem coniventes com qualquer atitude de “oprimir o povo” de demonstrar a sua revolta e descontentamento com as medidas agora faladas.
Ficaram estabelecidas acções como a presença na AR na votação do OE 2013 e vigília em Belém junto à residência oficial do Presidente da República.
Mas tudo tinha começado horas antes, logo a seguir ao almoço começaram a chegar à Praça do Município donde o desfile em silêncio partiu rumo aos Restauradores, onde após cerca de trinta minutos em silêncio a chegada do desfile foi marcado pelo entoar da “Grândola, Vila Morena”, senha do 25 de Abril.
Durante o trajecto a “coluna” dos militares e familiares mereceu por várias vezes o aplauso sentido dos muitos que nos passeios das ruas da baixa lisboeta os viam passar, numa sintonia Povo e MFA (militares das força armadas).
A imagem que transmitem aos que os vêem passar, é de uma mistura de sentimentos, revolta, desânimo, traição. Sentem-se assim por culpa de um Governo do seu país pelo qual um dia lutaram por ele e que muitos pagaram com a própria vida e outros hoje sofrem na pele as consequências.
As queixas dos militares ultrapassam as meras questões financeiras, falam também da quebra de compromissos do poder politico para com os militares bem como com a restante população, pois “somos militares, mas vimos do povo”.