Liga Europa – Sporting, 1 – Genk, 1
Não há ponta por onde se pegue neste Sporting. Jogo a jogo a negatividade interna aumenta, os resultados positivos aparecem e os jogadores parecem que fazem tudo para não … fazer nada.
O que, no jogo contra o Genk, ficou bem patenteado e “ajudado” por uma expulsão (segundo amarelo) a Schaars aos 60′, quando muito jogo ainda se podia construir, até mesmo a vitória, apesar de, em termos de jogo jogado, o Sporting pouco ter feito.
Com este empate, o Sporting reduziu ao mínimo (dos mínimos) a hipótese de chegar aos oitavos de final – matematicamente ainda possível – a não ser que algo mude de estilo e atitude muito rapidamente até ao dia 22 deste mês, quando fizer o segundo jogo contra o Basileia, mas fora de casa. O que pode ajudar.
No primeiro tempo, sem dúvida que quase toda a iniciativa coube ao Genk, porque mo Sporting começou lento e nunca conseguiu velocidade suficiente para fazer perigar a baliza de Van Hout.
Aliás, logo aos 3′, Buffel esteve perto de marcar ao fazer um chapéu a Patrício, que estava adiantado, mas a bola subiu um pouco mais e saiu por cima da barra. Logo de seguida, o Gent ganhou dois cantos, que não deram em nada, mas confirmou a liderança dos belgas no comando das operações.
Sem que o Sporting chegasse à baliza adversária, o Gent mantinha a iniciativa e Buffel, aos 21′, rematou à figura de Patrício ante a passividade sportinguista. Não há apoio na transposição da bola da linha média para o ataque, onde Capel recebe a bola e não a larga porque não tem nenhum companheiro a quem passar, que se desmarque para a receber de imediato, pelo que o intervalo chegou a zero. Zero+ para os leões porque tem obrigação de fazer muito melhor.
No segundo tempo, a chama “ateou-se” um pouco e o Sporting surgiu mais ao ataque, com Insúa e Elias a rematarem para a baliza, o segundo a obrigar o guarda-redes a uma boa defesa.
Aos 60′, Schaars faz nova falta que o árbitro achou “forte” e recebeu o segundo amarelo, ficando o Sporting reduzido a dez unidades numa altura crucial para poder, ainda, decidir o jogo a seu favor.
Aproveitou o Gent para carregar no “acelerador” e Joseph-Monrose (64′) esteve à beira de inaugurar o marcador mas Patrício safou, dando arranque a um contra-ataque que deu o golo ao Sporting. Com um pouco de felicidade mas a bola entrou.
Pela direita do ataque sportinguista, Capel avançou e ainda antes da grande área centrou para o lado contrário, onde Wolfswinkel, sozinho (até pareceu estar em posição de fora de jogo) rematou de cabeça para o fundo da baliza. O “grandalhão” Van Hout descuidou-se e ficou foras da jogada quando devia ter saído ao cruzamento. Feito o 1-0 (65′), restava saber se o Sporting, com menos um jogador, conseguia aguentar uma eventual pressão dos belgas.
Não aguentou. Aos 68′, 71′ e 75′, Vossen e Ngongca, este por duas vezes, estiveram perto de chegar ao empate, mas Patrício conseguiu salvar a “virgindade” da rede à sua guarda.
Aos 80′, Labyad tentou fazer um chapéu a Van Hout, que se encontrava adiantado, mas este chegou a tempo de agarrar a bola antes que entrasse na baliza.
Aos 81′, o Gent voltou a criar perigo mas Gorius chutou ao lado, seguindo-se um remate em jeito de Masika, que Patrício voltou a defender.
Mas aos 90′ chegou o empate. Cruzamento para a área, ninguém se faz à bola e Plet cabeceia à vontade ante a passividade da defesa. Aliás, o que melhor se ajusta ao desenrolar dos acontecimentos. Que não ao Sporting, como é evidente. Tudo mais complicado.
No Sporting, saliência para Patrício, Xandão, Wolfswinkel, Capel, Cédric e Elias, enquanto no Gent o melhor foi Joseph-Monrose, um 8 endiabrado, à frente de Van Hout, Hyland, Vossen, Gorius, Ngongca e Buffel.
O sueco Kenneth Stefan Joahannesson não brilhou, não estragou, mas abusou dos cartões.
Os auxiliares Karl Markus Strombergsson e Tobias Mattsson cumpriram.
As equipas alinharam:
Sporting – Patrício; Cédric, Xandão, Rojo e Insua; Elias, Viola (Gelson, 62′) e Schaars; Labyad (Tiago Ilori, 83′), Wolfswinkel e Capel (Carrillo, 86′).
Genk – Van Hout; Dani Fernandez, Koulibaly, Nadson e Tshimanga; Ngongca, Gorius e Hyland (Plet, 67′); Buffel, Vossen e Joseph-Monrose (Masika, 76′).
Cartão vermelho para Schaars (acumulação de amarelos, aos 28 e 59′) e amarelos para Viola (14′), Koulibaly (24′), Ngongca (26′) e Insúa (34′) e Vossen (90+4′).
