Figura pública do desporto britânico e mundial dos anos 80, tendo sido campeão, Sebastian Coe foi eleito, por unanimidade, presidente do Comité Olímpico da Grã-Bretanha.
Num organismo – em termos mundiais – que está destinado a ser gerido por cidadãos de mais idade, não há dúvida que este triunfo do jovem Coe vem dar, por um lado, uma luminosidade inesperada ao movimento olímpico, que precisa de ser rejuvenescido e, com isso, revitalizar o espírito de Pierre de Coubertain.
Segundo a notícia veiculada por Philip Barker, membro do Comité Executivo da Associação Internacional de Imprensa Desportiva (AIPS-Europa), o novo presidente salientou que “acredito que, conjuntamente com o movimento desportivo e o próprio governo, vamos continuar o legado resultante dos jogos Olímpicos de Londres”.
Jacques Rogge, presidente do Comité Olímpico Internacional já manifestou a sua posição em relação a este eleição, frisando que “sabia da excelência desportiva como atleta e fiquei agora a saber que é um grande líder face ao êxito alcançado nos Jogos de Londres”, terminando por felicitar Coe e dizendo que “sem dúvida, que vai continuar o sucesso de Londres no Comité Olímpico britânico”.
Sarah Winckless, medalha de bronze no remo, nos Jogos de 2004, é a líder da comissão de atletas e salientou que “vamos trabalhar em estreita colaboração com o novo presidente, um exemplo para nós seguirmos.”
Também David Cameron, primeiro ministro britânico se referiu ao facto, afirmando que “não podia ter havido melhor escolha para o lugar, porquanto Coe sabe muito bem o que é o desporto e tudo o que ele precisa”.
Recorde-se que Sebastian Coe foi campeão olímpico nos Jogos de Moscovo, vencendo a prova dos 1.500 metros, título que renovou quatro anos depois em Los Angeles, quando Carlos Lopes se sagrou campeão olímpico da maratona.
Coe é o primeiro campeão olímpico a liderar o Comité Olímpico britânico depois de Lord Burghley, Marquês de Exeter, na década de 1960, sendo também o primeiro desportista olímpico a tomar o cargo que Arthur Gold desempenhou e onde foi o dirigente da “tolerância zero” em termos da dopagem no desporto, nos anos noventa.
Até ao Rio de Janeiro, nos Jogos Olímpicos de Verão, Coe terá pelo caminho os Jogos Olímpicos de Inverno (Sochi, na Rússia, em 2014), para prestar contas daqui a quatro anos.