Domingo 24 de Novembro de 5129

Cardozo foi o salvador da pátria

Benfica-Spartak H0P7303Entrando no início da segunda parte, Cardozo foi “herói” que deu a volta ao jejum e marcou dois golos para dar os três pontos que o Benfica precisava para se manter rumo ao apuramento para os oitavos de final da competição.

Se em termos de jogo jogado a diferença chegou aos 55/45 % finais, que correspondem a um maior número de ataques (25-8), não restam dúvidas que o Benfica foi o melhor em campo e justificou o triunfo com dois golos do “tacuara”, que até podia ter chegado aos três se não falhasse uma grande penalidade.

Golos que ficam para a história do jogo já que os momentos de “frisson” não foram por aí além, se bem que a favor até dos moscovitas que, logo aos 12 minutos, viram Bilyaketdinov falhar um golo quase certo ao rematar para Artur defender com alguma dificuldade, com os pés.

Numa toada rápida mas nem sempre frutuosa, só aos 21 minutos é que o Benfica criou perigo por intermédio de Perez que rematou para Rebrov defender para perto e Salvio fazer a recarga mas não acertando com o alvo.

Sem perder o tino do ataque, a equipa de Moscovo vivia de passes longos direccionados a Ari que, por norma, estava quase sempre em fora de jogo. Daí os doze fora de jogo assinalados aos visitantes contra apenas quatro do Benfica. Vendo que a situação se mantinha, o técnico Unai Emery não fez qualquer reparo. Esquisito, no mínimo.

A dois minutos do intervalo o Benfica, num contra-ataque rápido, o Benfica ganhou um canto mas não passou disso.

No segundo tempo, trocando Rodrigo por Cardozo, Jorge Jesus acertou na “táctica”. “Foi estratégico” – salientou no final do jogo.

Ainda assim, foram os russos que criaram perigo logo aos 49′, quando Kombarov obrigou Artur a mais uma defesa, jogador que repetiu a graça aos 53′, tal como Artur.

Mantendo uma toada mais rápida, o Benfica abriu o activo aos 55′. Pelo lado esquerdo do ataque, Perez escapa-se aos adversários e centra para o meio da pequena área onde surge Cardozo, cabeceando de cima para baixo, bateu Rebrov sem apelo nem agravo, o único culpado porque não saiu da baliza como devia ter feito.

Com Cardozo a mexer-se bem, a par de Lima e com Olá John endiabrado na esquerda do ataque, era pensável que o Benfica estava pronto a “dar cabo” dos russos. Foi o espaço suficiente para, primeiro, com Olá John a rematar a rasar o poste; depois, com Cardozo a cabecear à barra e a bola sair por cima e, por último, com Cardozo a chegar ao 2-0, aos 69′, dando seguimento a um passe de morte para o centro da pequena área, onde surgiu o “tacuara” a rematar com força e sem defesa.

Com o segundo golo, os russos quebraram um pouco mais e, apesar de terem tentado marcar, não o conseguiram, nem mesmo o Benfica, que beneficiou de uma grande penalidade (falta de Pareja, dentro da área, sobre Cardozo) que o próprio Cardozo rematou forte mas à figura do guarda-redes, indo a bola bater na trave e sair pela linha de cabeceira.

E foi ainda Cardozo que, aos 82′, se isolou frente a Rebrov e, rematando com o pé “coxo” (o direito) mandou a bola para fora.

Foi “vingada” a derrota da jornada anterior mas a situação modificou-se um pouco para o Benfica, porquanto todas as equipas do grupo ainda estão na luta pelo apuramento, mercê também do triunfo (2-1) do Celtic sobre o Barcelona, que comanda com 9 pontos, seguido do Celtic (7), do Benfica (4) e do Spartak (3). E a ronda cinco (daqui a duas semanas) leva o Spartak a Barcelona e o Celtic ao estádio da Luz, onde tudo se poderá decidir para os encarnados e escoceses, apesar de ainda faltar ainda de 5 de Dezembro.

Neste jogo destaque para Cardozo (dois golos, tal e qual frente ao Guimarães), Artur, Lima, Olá John, Enzo Perez, Salvio e Máxi Pereira.

No lado dos russos, relevo para Rebrov, Kombarov, Carioca, Jurado, Bilyaletdinov, Makeev e Ananidze.

A equipa de arbitragem alemã, chefiada por Florian Meyer, esteve muito bem.

As equipas:

Benfica – Artur; André Almeida, Jardel, Garay e Melgarejo; Máxi Pereira (André Gomes, 82′), Perez e Rodrigo (Cardozo, 45′); Olá John, Lima (Bruno César, 73′) e Sálvio.

Guimarães – Rebrov; K. Kombarov (Ananidze, 61′), Pareja, Insaurralde e Makeev; Rafael Carioca e Kallstrom (Dzyuba, 70′); Bilyaletdinov (Suchy, 78′), Jurado e D. Kombarov; Ari.

Cartão vermelho: Pareja (75′, com amarelo aos 37′). Cartões amarelos: André Almeida (28′), Rebrov (31′), Makeev (32′), Jurado (81′)

Artur Madeira

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