LIGA ZON / SAGRES – Benfica, 3 – Guimarães, 0
O Benfica foi uma equipa de ataque, teve a bola em seu poder durante mais tempo, começou tarde a marcar mas cedo “descansou” com uma grande penalidade que deixou algumas dúvidas. Mesmo assim, um triunfo justo.
Entrando com um ritmo rápido, o que não era normal, os homens de Jesus depressa deram a entender que estavam em campo para ganhar e depressa, se bem que o Vitória não estaria na disposição – como não esteve – de facilitar seja o que fosse.
E se é verdade que o Benfica “teve” mais bola, a verdade é que as jogadas de perigo não deram qualquer golo, ou por culpa do guardião vitoriano, ou pela sua defesa ou, anda porque os artilheiros benfiquistas não encontravam o buraco para fazer passar a bola para … a rede à guarda de Douglas.
E até podia ter sido o Vitória a abrir o marcador quando, aos 32′, André passou a Toscano que, dentro da área e frente a Artur, rematou contra o guardião benfiquista, ganhando apenas um canto do qual nada resultou.
O Benfica replicou de imediato e chegou ao 1-0 (37′). Olá John, subindo pela esquerda do seu ataque centrou, na passada, com conta, peso e medida para a cabeça de Cardozo que, com um pequeno desvio, traiu Douglas e a bola entrou pela baliza dentro.
Até final da primeira parte, que teve mais um minuto de jogo, a única coisa de relevo foi a substituição de Carlos Martins pelo jovem André Gomes, não se percebendo, na altura, os motivos para se efectuar mais a mais em cima do final do primeiro tempo. Soube-se no final do encontro que Martins teria levado um toque que o pode impedir de defrontar os russos do Spartak na próxima quarta-feira.
No tempo complementar, o Benfica “acabou” com o jogo logo aos 47′, apesar da luta que os vimaranenses sempre deram até final do jogo.
Em mais uma arrancada pelo direito do seu ataque, Salvio entra na pequena área e ao tentar fugir a Addy cai no chão. Com o árbitro auxiliar na jogada e como João Ferreira indicou de imediato a marca de grande penalidade, pareceu não haver dúvidas sobre a justeza deste castigo máximo. Mas visto na televisão as coisas são mais claras e não houve toque, pelo que não se justificava a grande penalidade.
Chamado a marcar, Cardozo rematou mais em força do que em jeito, e a bola seguiu directamente para a baliza, com Douglas ainda a trocar, de raspão, com um dos pés, mas não parando a sua trajectória final.
Apesar de ainda faltar muito tempo, o Vitória ficou mais ou menos “morto” a partir daí, pese embora ainda “esperneasse” em bom estilo, num futebol “toma lá dá cá”, com a bola sempre a rolar. Não teve nem arte nem manha para concretizar o golo de honra, que merecia.
E foi o Benfica que mais procurou o terceiro golo. Depois de Matic se isolar na pequena área (depois de uma boa jogada individual) e perder bola de seguida, o Benfica chegou ao descansado 3-0. E por Lima.
Cardozo, no lado direito, avança dois passos e vê que Lima está a desmarcar-se no lado contrário, para onde enviou a bola. Alex não chega á bola e Ndiaye apenas toca para a deixar a jeito de Lima, que não desaproveitou. Estava feito o resultado final (66′) porque, apesar de mais uma ou outra oportunidade, não houve mais golos, se bem que o Vitória merecesse marcar um golo. Não aproveitou quando teve oportunidade e …
E a parte final do jogo ficou assinalada pela expulsão (79′), algo injusta, do jovem André Gomes, que terá “agredido”, de forma violenta, João Ribeiro numa perna, o que levou João Ferreira amostrar-lhe o vermelho directo. A falta não foi tão “feia” para merecer tal castigo.
Dois casos (grande penalidade e expulsão) que, não tendo influência no marcador, mancharam o espírito desportivo e a ética de … bem decidir e apitar.
Um bom jogo e uma antre-estreia de gabarito do Benfica na véspera de um jogo, quase de vida ou de morte para a presença benfiquista na Liga dos Campeões.
Merecem destaque Cardozo (dois golos é importante), Artur, Lima, Olá John, Salvio, Matic e, em especial, Máximo Pereira, que foi o motor de toda a equipa e jogou mais a ala avançada do que a defesa direito.
No lado do Vitória, relevo para Douglas, M’Diaye, João Ribeiro, Toscano, André e Ricardo.
João Ferreira, o árbitro, para além do referido, esteve praticamente bem, tal como os seus auxiliares.
As equipas:
Benfica – Artur; Máxi Pereira, Jardel, Garay e Luisinho; Carlos Martins (André Gomes, 45′), Matic e Olá John (Bruno César, 73′); Sálvio Gaitan, 69′), Lima e Cardozo.
Guimarães – Douglas; Alex, N’Diaye, Defendi e Addy; André Lima (Marco Matias, 57′), Leonel Olímpio e Adoua; João Ribeiro (Amidó, 83′), Toscano e Ricardo (Lalkovic)..
Cartão vermelho: André Gomes (79′); Cartão Amarelo: Defendi (21′).