Sexta-feira 24 de Novembro de 9161

Jorge Vieira “esmagou” a concorrência

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O ainda vice-presidente da FPA, Jorge Vieira, como que “devorou” a oposição, composta por outras duas listas, nas eleições este sábado realizadas, somando nada menos de 66,66% dos votos expressos.

Esta (40-19) foi a votação para a direcção/executivo que chefiará até 2016 que Jorge Vieira (lista B) recebeu de toda a estrutura votante (associações distritais e regionais, associações de aletas, de juízes e de organizadores de provas), num universo de 60 votos.
Jorge Vieira é o 18º presidente da federação desde que, em 1926, Fernando Pereira desempenhou pela primeira essas funções.
Se não chegou a haver surpresa de maior quanto à lista liderada pelo antigo recordista dos 100 e 4×100 metros, Vítor Mano (C) – que apenas conseguiu votos para o Conselho de Arbitragem (4) e Assembleia geral (2) – sem dúvida que a derrota expressiva das “tropas” comandadas pelo General Leonel de Carvalho (A) foi a maior surpresa.
E talvez tenha sido determinada pela “guerra aberta” de José Barros (actual director técnico) nestes últimos dias contra o candidato Jorge Vieira, como divulgado pela comunicação social, atendendo que o DTN era a “charneira” do candidato Leonel Carvalho. É crível – pelos 21 votos de diferença – que este último “lance” tenha tido os efeitos que se expressam no citado resultado.
Outro efeito, mais ou menos colateral, terá sido o facto de parte das associações terem novos dirigentes, quase por completo “desligadas” da primeira década de governação de Fernando Mota e de outras (com dirigentes mais antigos), terem pensado que era tempo de mudar de estratégia porque a que vigorava estava, de há muito, gasta.
No entanto, deve-se realçar o trabalho positivo que Fernando Mota efectuou ao longo das duas dezenas de anos em que “comandou” a Federação, grande parte das vezes beneficiado pelos “sortilégios” que o desporto tem.
A votação foi a seguinte:
Assembleia Geral - Lista A – 55 votos; Lista C – 2 votos; Brancos – 3 votos
Direcção - Lista A – 19 votos; Lista B – 40 votos; Brancos – 1 votos
Conselho Fiscal  – Lista A – 19 votos; Lista B – 41 votos
Conselho Disciplinar - Lista A – 21 votos; Lista B – 38 votos; Brancos – 1 voto
Conselho de Justiça - Lista A – 22 votos; Lista B – 38 votos
Conselho de Arbitragem - Lista B – 51 votos; Lista C – 4 votos; Brancos – 4 votos; Nulos – 1 voto.
Os eleitos são os seguintes:
A. Geral – Alberto Coelho (Presidente), Fernando Boquinhas e Vítor Mota
Direcção – Jorge Vieira (Presidente); Carlos Borges, Edivaldo Monteiro, Fernanda Ribeiro, Fernando Tavares, José Regalo, Luís Figueiredo, José Honório, Nuno Rangel, Paulo Bernardo, Rui Loução, Samuel Lopes e Susana Feitor.
Conselho Justiça – José Manuel Falcato (Presidente); Fernando dos Santos e Carlos Paiva.
Conselho Fiscal – Orlando Silva (Presidente); Vítor Caldeirinha e António Nunes.
Conselho Disciplina – Pedro Conceição (Presidente); José Faria e Paulo Palma.
Conselho Arbitragem – Hugo Pacheco (Presidente); Fernando Maurício e Luís Abegão.
Para já, deseja-se que todos os órgãos funcionem de acordo com a lei e a regulamentação federativa, de forma objectivo e célere, em especial no que concerne aos que se relacionam com a disciplina e, em caso de existirem, que digam respeito a casos de dopagem, cujo conhecimento a comunicação social tem que recorrer à página da Federação Internacional, quando a nacional devia ser a primeira a divulgar a situação.
Outro problema para Jorge Vieira, ao que se ouviu em surdina, parece ser o da renovação (ou não) do patrocinador de equipamentos para as selecções nacionais, que parecer estar a terminar.
E por Jorge Vieira, salientou, no final do acto que “esta vitória da minha equipa é momento para regozijo mas também para grande preocupação face às dificuldades que já existiam e que certamente irão aumentar”, se bem que se proponha, com os seus pares, a “trabalhar muito para recuperarmos algumas coisas como, em especial, apoios externos ao Estados, porquanto o atletismo é uma modalidade ímpar em Portugal e tem um histórico internacional que mais nenhuma outra ainda conseguiu”.
Finalizou frisando que “temos armas, como é o nosso património, para apresentarmos como mais valia junto do tecido empresarial e obtermos um financiamento suplementar para, com muito trabalho, em conjunto com todos os agentes da modalidade, podermos fazer ainda mais e melhor pelo atletismo português”.
Assim se espera e deseja. A Bem da Nação!

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