Terça-feira 25 de Novembro de 3823

Urgência psicológica, precisa-se!

29out 1216 scp aacLIGA ZON/SAGRES – Sporting, 0 – Académica, 0

Três derrotas e um empate assinalam a passagem, efémera, de Oceano pelo comando de uma equipa que, de colectivo, nada tem.

E, por isso, o futebol profissional do Sporting está num estado tão lastimoso que precisa de, urgentemente, recorrer a uma urgência!
Com o empate, consentido – mercê do mérito dos estudantes, acrescente-se – em Alvalade, ante o “carrasco” da última Taça de Portugal, os leões estão cada vez mais mansos e mais longe de tudo o que é títulos: campeonato a dez pontos, eliminado da Taça de Portugal, Liga Europa a perder de vista.
Com este pano de fundo, não há dúvida que a “doença” é grande mas continua-se a viver à grande no nosso de milhões de adeptos e associados, que não param de sofrer sem que seja isolado e destroçado tamanho “vírus” que se instalou no Alvalade XXI, que nem a relva escapa.
Se dissermos que Rui Patrício e Boulahrouz foram os melhores dos leões, evidente se torna que foram os estudantes que mais tempo tiveram a bola em seu poder, que mais perto estiveram do golo e por diversas vezes.
Com Capel e Izmailov fora do onze inicial (ficaram no banco) e Carrillo sem se “ver por lá”, pensar-se-ia que haveria alas que subiam e desciam mais linearmente (sem os habituais floreados dos três referidos) e que a produção seria maior, para o caso através de Rinaudo, Adrien, Viola e Wolfswinkel. Mas foi igualzinho.
Os passes laterais e para trás, com jogadas pouco esclarecidas, com o passar da bola sem procurar saber onde estava o companheiro mais bem colocado, o Sporting perdeu a bola de forma excessiva, o que aproveitou a Académica para criar perigo nalgumas falhas que foram produzidas pelos leões.
Nem sequer a forte chuva que se fez sentir uma ou outra vez, impediram a Académica de criar “calafrios” mais do que uma vez, ante o olhar, mais ou menos incrédulo, os pouco mais de 25 mil espectadores presentes, alguns dos quais terão o bilhete mais caro para este jogo (27 euros).
Com os “endiabrados” Keita, Clayton, Makelele e Cissé sempre em movimento, Patrício teve de “suar” para afastar algumas bolas que levavam selo de golo, enquanto, no lado contrário, Wolfswinkel (900 minutos, o mais utilizado pelo Sporting) só numa vez conseguiu ficar isolado à frente de Ricardo mas permitiu a defesa deste, mas isto apenas cerca dos 75′.
Na resposta, Makelele (77′) tentou mais um chapéu a Patrício (tal como fez aos 60′) mas não sortiu efeito, sendo que no primeiro foi o guarda-redes que teve de se esticar para afastar a bola da baliza.
Para além de Patrício e Boulahrouz (substituído aos 69′ por lesão), saliente-se Viola, Rinaudo, Pranjic e o esforçado, só, Wolfswinkel.
Com este resultado e esta exibição, e sem ambição, de que valerá um novo técnico? Será que Vercauteren acredita que isto vai mudar ou vai “enterrar-se” também no lamaçal?
Nos estudantes, o guardião Ricardo foi o bastião mor, bem ajudado por Flávio, Júnior Lopes e pelo quarteto que atrás referimos, numa equipa que soube fechar-se quando era preciso e “explodir” quando tinha oportunidade. E foram muitas.
A arbitragem de Bruno Esteves (coadjuvado por Valter pereira e Rui Teixeira) teve saldo positivo, pese embora uma ou outra falha de pequena monta, sem influir naquilo que foi o resultado final.
As equipas alinharam:
Sporting – Patrício; Árias (Gelson, 45′), Boulahrouz (Betinho, 69′, que se estreou), Rojo e Insúa; Rinaudo, Schaars e Adrien (Izmailov, 58′); Viola, Wolfswinkel e Pranjic.
Académica – Ricardo; Rodrigo Galo, Júnior Lopes, Flávio e Nivaldo; Makelele, Keita e Cleyton (Ogu, 90+1′); Marinho, Cisse (Edinho, 84′) e Afonso (Wilson Eduardo, 65′).
Cartões amarelos para Flávio (15′), Rodrigo Galo (33′) Adrien (43′), Rinaudo (72′), Pranjic (78′), Viola (82′), Wolfswinkel (88′), Júnior Lopes (89′).

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