Futebol – CAN’2013
A selecção de Cabo Verde alcançou o seu maior feito desportivo depois da independência ao “chutar” com a forte equipa dos Camarões para fora da fase final do Campeonato Africano de 2013.
O facto, considerado unanimemente como inédito e histórico, foi alcançado pela primeira vez e logo contra uma equipa que, nos mundiais da modalidade, tem feito alguns “estragos” entre as formações oriundas dos grandes centros futebolísticos do mundo.
Yaoundé, a capital dos Camarões, ficou impávida com o comportamento da equipa cabo-verdiana que, num estádio completamente cheio, deu a volta ao resultado e segue em frente na competição, ao contrário dos camaroneses que foram a “banhos” mais cedo.
Nhuk, aos 18 minutos, abriu o marcador, na marcação de um livre superiormente concretizado, mas os donos da casa empataram aos 25’, com um golo de Emana que Vozinha, guardião cabo-verdiano – outro herói do jogo – não conseguiu evitar.
No regresso do intervalo, Cabo Verde continuou a tentar a sorte mas, por um lado, não conseguia encontrar o caminho para a baliza contrária e, por outro, tinha que centrar as suas forças na defesa, para evitar ser surpreendida.
Com a vantagem do 2-0 em Cabo Verde, a eliminatória estava quase ganha mas foi preciso cerrar os dentes para manter uma diferença mínima. Tão mínima que os Camarões ainda marcaram o golo da vitória, por Olinga e no período de descontos, insuficiente para mudar o rumo dos acontecimentos.
No final foi a festa da selecção cabo-verdiana. Merecida. E com o técnico da casa: Luciano Antunes.
Em Luanda, dois golos de Nanucho ditaram o triunfo da selecção angolana e o afastamento do Zimbabué, que se apresentou em Angola com vontade de contrariar o maior favoritismo dos homens da casa.
Numa tarde inspirada, Nanucho foi o homem do jogo e o principal responsável, porque marcou e apenas num espaço de dois minutos, com o primeiro a acontecer logo aos 4’ de jogo. Foi o que se chamou uma entrada veloz.
Djalma, na marcação de um pontapé de canto, levou a bola directamente à cabeça de Nanucho, que não se fez rogado, com o 2-0 a surgir aos 6’, quase da mesma forma. O centro foi de Djalma e Nanucho lá estava de cabeça afiada.
No segundo tempo, a dupla maravilha continuou a tentar aumentar a vantagem e quase conseguiu porque Nanucho, uma vez mais em cima do acontecimento, falhou o remate.
O Zimbabué também causou alguns momentos de perigo, em especial aos 60’, mas o avançado falho o remate, o mesmo sucedendo aos 72’.
Aos 82’, o Zimbabué falhou a última oportunidade para poder marcar e o final do jogo chegou na altura certa.
Com este apuramento, Angola vai estar na fase final do CAN pela quinta vez consecutiva.
