LIGA ZON/SAGRES – 6ª jornada
Para além das duas verdades que intitulam este texto, a sexta ronda fica assinalada por um primeiro recorde em relação à época de 2012/2013: o número de cartões amarelos mostrados numa única jornada.
Quanto a qualificar qualquer dos três factores, aflige-me o da “indisciplina”. Cinquenta e seis cartões amarelos mostrados, correspondendo a uma média de 7 por jogo, sem dúvida que é “exasperante” e confirma que o aspecto ético e de fair play é o que menos interessa nas competições desportivas.
Sabe-se que o jogo F. C. Porto-Sporting foi o “rei”, comandado pelos leões que, só à sua conta, arrecadaram 9 (4 para os portistas).
Sabe-se, ainda, que o critério da mostragem dos amarelos não é uniforme. Não há impossíveis (uniformização de critérios) mas a máquina humana é feita para isso mesmo: errar é humano.
Não parece difícil caminhar neste sentido mas não existe incisão na divulgação de critérios à luz das regras. E cada cartão mostrado pelo árbitro a um jogador é factor de ”desestabilização” não só para a própria equipa como, também, para o trio de arbitragem. E quando dá para o “torto”, “comem” todos.
Mas é um tema que dá pano para mangas, pelo menos enquanto certos dirigentes (de topo) não consigam ter um discurso pela positiva na relação entre os árbitros, os jogadores e as regras.
Mas passemos aos resultados, aos golos, afinal o que dá pontos e títulos.
Enquanto Porto e Benfica continuam a mandar no topo, o Braga – que mantém a terceira posição – sofre um percalço ao deixar-se empatar no seu próprio campo e ante um Olhanense (um dos heróis da jornada) de fim-de-tabela, no que foi o jogo que mais golos (8) gerou até este momento, numa sessão que só rendeu 22 golos (média de 2,75 por jogo).
Outro destaque vai para o triunfos do Rio Ave, do Gil Vicente, do Guimarães e do Marítimo nas visitas efectuadas ao Estoril, à Madeira (Nacional), a Coimbra e a Moreira de Cónegos, resultados que são sempre importantes seja em que altura for do campeonato, podendo-se juntar ainda o empate alcançado pelo Paços de Ferreira em Setúbal.
De maior saliência o feito alcançado pelo Rio Ave, ante um Estoril que ficou “muito cansado” depois de, na semana anterior, ir a Alvalade buscar um precioso empate.
Ante um Sporting quase inócuo e cheio de problemas, o Porto cumpriu o calendário, o mesmo sucedendo ao Benfica frente a um Beira-Mar que fez “tremer” o Estádio da Luz.
Com a derrota no Porto, o Sporting desceu ao 12º lugar, com apenas seis pontos em seis jogos (a 8 dos comandantes), enquanto o Marítimo subiu de 14º ao 5º, de parceria com Rio Ave e Guimarães (8 pontos).
Marítimo que na próxima jornada, vai receber o Sporting de Braga, encontro que pode voltar a mudar a ordem dos primeiros classificados, ronda que será jogada a partir do dia 26 deste mês, face aos compromissos das selecções nacionais e da Taça de Portugal.
Nos outros jogos, realce para o Gil Vicente-Benfica e o Estoril-F.C.Porto, estando em jogo os primeiros lugares.
Em Alvalade, o Sporting-Académica terá a novidade de os leões apresentarem um novo técnico, com todo o “povão” sportinguista à espera de que o milagre da multiplicação (de pontos) se inicie a toda a velocidade com destino ao “top3”.
Pelo meio ficam o Beira-Mar-Paços de Ferreira, o Olhanense-Moreirense, o Rio Ave-Nacional e o Guimarães-Setúbal.
Nos melhores marcadores, Jackson (Porto) comanda com 5 golos, seguido de Cardozo (Benfica), Éder (Braga), Ghilas (Moreirense) e Rodrigo (Benfica), todos com 4, seguindo-se um grupo de 8 jogadores com 3 golos.
E o que se deseja é que haja Respeito, Fair Play, Tolerância, Ética e Espírito Desportivo.