Com dificuldades inesperadas, o Benfica lá levou de vencida a aguerrida turma do Beira-Mar, que bem se pode queixar de próprias defesa, que “ajudou” a um triunfo justo dos encarnados.
No primeiro tempo e depois de três minutos de supremacia do Benfica, foi o Beira-Mar que acabou por marcar, num lance bem delineado e simples.
Um contra-ataque dos aveirenses leva a bola para junto da linha lateral, já no meio campo do Benfica, onde Ruben sofre falta. Na sua marcação, bem longe da baliza, a boa viaja para o centro da pequena área, onde surgiu, rápido, o defesa Sasso que, mais lesto, antecipou-se a Artur e fez o 1-0.
Quando se esperava que o Benfica montasse a linha de ataque de forma pressionante, a verdade é que isso não se fez sentir de forma mais objectiva, a verdade é que os jogadores do Benfica rematavam mas sempre fora do alvo principal.
Aos poucos e sempre que podia, o Beira-Mar foi lá à frente tentar, novamente, a sua sorte, mas não conseguiu e foi o Benfica que arrancou para um remate de Salvio à trave (31’), no seguimento de um centro de Gaitan.
Aos 40’ um fora de jogo mal assinalado a Camará não permitiu que este criasse perigo e seguiram-se dois remates de Lima (40 e 41’) por cima da barra.
Os primeiros 45 minutos concluíram-se com a marcação de uma grande penalidade contra o Beira-Mar, numa falta em que Máxi Pereira (que tinha só um pé dentro da grande área) se vê antecipado defesa aveirense Collet. Com poucas dúvidas, o árbitro não assinalou nada e foi o árbitro auxiliar que deu indicação (mal) para a marcação.
Chamado a converter, Rodrigo permitiu uma boa defesa a Rui Rego e a oportunidade de empate esfumou-se.
No segundo tempo, o Benfica surgiu mais solto, mas atacante mas, ainda assim, algo trapalhão, porque não descortinava o caminho, para a baliza. No entanto, este “forcing” começou a dar frutos aos 58’, quando Maxi Pereira, dentro da pequena área e de costas para a baliza, a passe de Salvio, remata em arco e para junto do poste, sem que Rui Rego pudesse lá chegar, por a forma foi com muita força. Estava feito o empate aos 58’.
Dois minutos depois, depois de uma fífia de todo o tamanho da defesa, que deixou antecipar-se por um jogador do Benfica, indo a bola para Lima, ainda assim parecendo em situação de fora de jogo, que passou para Rodrigo marcar à vontade.
Na posição de vencedor, o Benfica geriu o tempo e o resultado, não sem que o Beira-Mar ainda tivesse oportunidade de causar alguns “arrepios”, pese embora o perigo não passou daí.
O Benfica ainda teve tempo de tentar novo golo, desta vez por Carlos Martins, aos 90+1’, mas Carlos Martins viu o guarda-redes segurar bem a bola.
No Benfica, saliência para Máxi pereira, Rodrigo, Gaitán, Matic e Melgarejo, enquanto nos aveirenses o herói foi o guardião Rui Rego, que não teve culpa nos golos, bem acompanhado por Sasso, Hugo, Ruben, Hélder Lopes e Abel Camará.
Rui Costa não esteve bem, por culpa dos auxiliares. No primeiro caso, aos 40’, Camará não está fora de jogo (como Bruno Rodrigues assinalou) porque parte legalmente; no segundo, não há grande penalidade contra os aveirenses, porquanto Maxi Pereira tem apenas um pé em cima da linha da grande área e o resto do corpo está fora, o que o levou a decidir-se pelo castigo máximo por indicação do árbitro auxiliar, agora do lado contrário (Nuno Manso). Por outro lado o defesa só jogou à bola e não ao homem (Máxi).
As equipas:
Benfica – Artur; Maxi Pereira, Jardel, Garay e Melgarejo; Enzo Perez, Rodrigo (Carlos Martins, 74’) e Matic; Salvio (Bruno Cesar, 78’), Lima e Gaitan (Nolito, 78’).
Beira-Mar – Rui Rego; Nuno Lopes, Hugo, Sasso e Joãozinho; Jaime, Fleurival (Dias, 81’) e Collett; Ruben (Felipe Desco, 62’), Abel Camará (Tiago Cintra, 74’) e Hélder Lopes.
Cartão amarelo para Rodrigo (63’)
Artur Madeira