Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Harmónio de arte na posse de bola!

Benfica-Barcelona_H0P1020O que levou a que o Barcelona chegasse ao intervalo com a percentagem de posse de bola de 80%, repetida no segundo tempo, que levou a um triunfo justo, com calma e precisão.

Onde estava (esteve) o Benfica? Sei lá! Sei á!

Enquanto os espanhóis faziam correr a bola entre quase todos os jogadores – só Valdés estava a ver – os do Benfica não tiveram garra nem “bico” para os morder, deixando a bola e o tempo corre.

Com as bancadas a comportar quase 64 mil espectadores, uma excelência para os tempos que correm, os adeptos benfiquistas – os do barça não chegavam ao milhar – não viram nada do que pretendiam: uma equipa aguerrida, procurando tirar a bola ao adversário, partir para o ataque e chegar à zona de onde se podem fazer remates na procura do golo. Contam-se pelos dedos de uma mão as oportunidades, ainda assim, quase remotas de golo, que o Benfica criou.

Com o “autocarro” parado na zona do meio campo/defesa para tentar fechar todos os caminhos a Messi e seus “muchachos”, os pupilos de Jesus esqueceram-se da velocidade de Alexis para chegar primeiro à bola e viram a bola dentro da rede de Artur logo aos seis minutos, com Alexis a empurrar a bola por antecipação ao defesa, já que Artur tinha ficado para trás. Feito o 0-1, tudo seria pior para o Benfica, porque o “nervoso” subiria. Como se verificou.

Antes, entre os 2 e os 4 minutos, o Benfica teve oportunidade de “chatiar” Valdés, primeiro por Bruno César que, aproveitando uma aberta na defesa espanhola, atirou forte para o guardião espanhol defender bem, jogador que também foi o obreiro do remate que provocou uma defesa apertada do Valdês.

Numa nas poucas saídas do seu meio campo, Gaitan avançou e passou a Melgarejo que rematou (10’) para uma boa defesa do guardião espanhol, regressando o Barcelona ao seu jogo de jogadas estudadas.

Aos 21’ Messi, a passe de Alexis, viu Artur roubar-lhe a bola antes de a rematar e aos 24’ foi Alexis que esteve à beira de marcar mas o chapéu feito a Artur saiu um pouco acima da barra.

No tal jogo “controlado”, o Barcelona teve ainda duas oportunidades para golo (40 e 44’), com Xavi a perder a oportunidade de elevar a diferença.

No segundo tempo, a toada não muda, apesar de Carlos Martins ter entrado para o lugar de Bruno César, já que a “peçonha” (catalã) parecia estar “entranhada” em todos os jogadores benfiquistas.

Tanto que, logo a abrir e a passe de Messi (como sempre o dominador comum), Alexis falhou o golo por milímetros, tendo o Benfica respondido a isto só aos 54’, tendo Gaitán obrigado Valdês a uma excelente defesa.

Logo a seguir o 0-2. Messi conquista a bola, avança vertiginosamente para a para a linha de canto e passa para Fàbregas, instalado dentro da pequena área de baliza, empurrar a bola para o fundo da rede.

Bem se pode dizer que este tipo de rotina não se modificou grande coisa até ao minuto 73’, quando Messi, de cabeça, obriga Artur a boa defesa.

Pouco depois, Puyol cai, dentro da sua grande área, praticamente desamparado e teve de ser imediatamente assistido dado que a lesão parecia grave. Recolheu ao hospital e verificou-se que tinha o braço (esquerdo) partido.

O dado negativo dos últimos minutos (88’) foi o de Busquets ter visto um cartão vermelho por ter rematado contra Maxi Pereira.

Um triunfo perfeitamente justo do Barcelona ante um Benfica que quase não saiu da “cabina”. Há que mudar!

Jogando como um harmónio, bem se pode dizer que todos estiveram bem a cumprir o seu papel. Ainda assim, relevo para Messi, Alexis, Fàbregas, Valdés, Puyol (um Senhor na defesa), Daniel Alves e Xavi.

No Benfica, tão apático, Artur foi o melhor (se não podiam ser quatro ou mais), com destaque ainda para Melgarejo, Matic, Gaitán e Bruno César.

A equipa de arbitragem turca, chefiada por Cuneyt Çakir esteve muito bem, quase tendo passado despercebido.

As equipas:

Benfica – Artur; Maxi Pereira, Jardel, Garay e Melgarejo; Salvio, Matic e Gaitan (Nolito, 74’); Enzo Perez (Aimar, 60’), Lima e Bruno César (Carlos Martins, 45’).

Barcelona – Valdés; Daniel Alves, Puyol (Alex Song, 77’), Mascherano e Jordi Alba; Xavi, Busquets e Fàbregas (Iniesta, 71’); Pedro (David Villa, 81’), Messi e Alexis.

Cartões: Amarelos para Fàbregas (18’), Pedro (27’), Bruno César (37’), Matic (85’), Carlos Martins (83’) e vermelho para Busquets.

Artur Madeira

 

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