Mais de cem mil encheram o “Terreiro do Povo” esta tarde na manifestação convocada pela CGTP-In com o mote “todos a Lisboa”.
Ainda não eram as 15 horas e já um mar de gente acorria ao Terreiro do Paço, onde aguardaram a chegada do grosso da coluna dos manifestantes vindos dos Restauradores, liderados por Arménio Carlos, Ana Avoila e Mário Nogueira entre muitos outros.
Esta frente da manifestação foi engrossando com muitos e muitos trabalhadores afectos ou não à CGTP que iam chegando em centenas de autocarros vindos de todo o país, ou de metro (que parecia estar em greve, tal a escassez de composições a circular), entre muitos que vinham por outros meios de transporte, muitos foram aqueles que trataram de almoçar pela Praça do Rossio antes da caminhada final até à Praça do Comércio.
Uma das novidades desta manifestação da CGTP foi a presença de organizações sócio-profissionais das forças de segurança na coluna que desfilava até à Praça do Comércio mas não foi visível algum elemento uniformizado.
Para “aquecer”, nesta tarde de muito calor, a massa humana presente, esteve em palco o grupo de Vasco Duarte (Falâncio) e Nuno Duarte “Jel” (Neto) – os Homens da Luta que animaram a multidãocons as suas canções de intervenção finalizando com um sempre “arrepiante” entoar da “Portuguesa”.
Com a praça cheia, as ruas as paralelas e outros mais acessos cheios, começou o tempo dos discursos, sendo o mais esperado o do secretário-geral da CGTP – Arménio Carlos.
Arménio Carlos, invocou a presença de tantos milhares de portugueses e portuguesas ali junto de si para apelidar a praça de “Terreiro do Povo”.
Com duras criticas às politicas do governo de Passos Coelho, o secretário geral da CGTP quis vincar o dia, o momento, ali junto dos milhares para admitir a convocação de uma greve geral por parte da central sindical de forma a mostrar que os trabalhadores , os desempregados, os pensionistas – o povo, está contra estas politicas seguidas pelo governo do PSD e CDS.
Enquanto na Praça se ouvia as palavras do secretário geral, a coluna dos manifestantes vinha ainda na Rua Augusta, estando o “carro vassoura” ainda no Rossio.
Arménio Carlos, como referimos disse que Terreiro do Paço transformou-se em Terreiro do Povo, voz desse povo que tinha de ser ouvida pelos governantes a bem, “senão terão que ouvi-la a mal”, pois para Arménio Carlos “o povo está a perder o medo”.
A manifestação teve o seu termo oficial poucos momentos após o entoar das músicas que fazem parte da luta dos trabalhadores.