O Sporting, finalmente, conseguiu ganhar na Liga’2012. Começou cheio de “frenesin”, demasiado até, porquanto foi o Gil Vicente que marcou primeiro precisamente por uma falha defensiva. Mas a “sorte” chegou ao minuto 75. Com justiça.
Apesar do ”furor” inicial, os jogadores do Sporting depressa demonstraram que estavam “sob brasas”, que continuavam a não “atinar” nem com os adversários nem com a táctica, nem com o domínio da bola, o que surgiu ainda depois do golo madrugador dos gilistas.
Um golo que nasceu de uma falha da defesa sportinguista, que Luís Carlos aproveitou da melhor forma para bater Rui Patrício sem remissão, porque já em queda quando a bola lhe passou pela frente a caminho do final da rede.
Com esta vantagem, o Gil fechou-se primeiro sobre o seu meio campo e, ao longo do jogo, foi “baixando” a guarda para mais perto de Adriano, que esteve muito bem a fechar a baliza até onde pode.
Pouco avançava e suportava a maior pressão do Sporting, embora a maior parte das jogadas não tivesse o melhor seguimento, porque os jogadores leoninos falharam quase sempre no momento crucial.
O momento mais perigoso surgiu já em tempo de desconto (45+1), quando Viola fez um potente remate que foi beijar a parte superior da barra da baliza de Adriano.
Aos 61’, Sá Pinto, uma “brasa” sempre a arder, faz entrar Carrillo e manda sair Xandão, com o nítido propósito de reforçar a linha da frente, se bem que os resultados não se viram. A não ser que, poucos minutos depois (68’), foi o Gil Vicente a ter o segundo golo nos pés do “endiabrado” Luís Carlos, valendo Rui Patrício para o evitar.
Mas, apesar de tudo, a sorte do jogo estava para mudar. Aos 75’, um centro de Insúa leva a bola a chegar ao centro da pequena área dos gilistas onde, muito rápido, surgiu Capel a meter o pé e a empurrar a bola para a baliza, fazendo o empate, no que foi a primeira festa, a sério, da época.
Depois de Nelson (técnico dos guarda-redes) ter sido expulso do banco por palavras dirigidas ao árbitro auxiliar, a “sorte grande” chegou para os leões.
Num centro de Cédric para a área gilista, a bola caprichou na direcção e foi direitinha para a cabeça de Wolkswinkel que, com um pequeno toque, desviou o suficiente para que Adriano que não conseguisse, desta vez, safar a bola para fora da baliza.
E aí toda a gente saltou. Até o médico da equipa leonina se juntou no “moche” global.
Em termos técnicos (controlo da bola, jogadas com principio, meio e fim) sem dúvida que o Gil foi melhor, se bem que em menor número. O Sporting mantém a “pecha” de privilegiar o individualismo. O mal de tudo.
Izmailov, Viola, Rinaudo, Cédric, Insúa e Capel foram os mais destacados, com Wolfswinkel a surgir para decidir, finalmente, se bem que em jogo jogado não esteve por aí além. Nos gilistas, Adriano foi a figura principal mas Brito, Luís Carlos, Luciano Amaral e Éder estiveram muito bem.
Um triunfo justo do Sporting ante os 25.523 espectadores presentes.
O árbitro Vasco Santos (Porto) deixou jogar até onde pode, se bem que menos um ou dois amarelos tivesse ficado melhor, porque não se justificaram, em especial o segundo a Labyad quando o prevaricador foi Cláudio, bem como o primeiro mostrado ao mesmo Labyad, a não ser por comportamento grosseiro.
As equipas alinharam:
Sporting – Patrício; Cédric, Xandão (Carrillo, 61’), Rojo e Insúa; Rinaudo, Viola (Jeffren, 73’) e Pranjic (Labyad, 39’); Izmailov, R, Wolfswinkel e Capel.
Gil Vicente – Adriano; Daniel (Éder, 73’), Hallisson, Cláudio e Luciano Amaral; Tiero, Luís Manuel e André Cunha; Pedro Pereira (Leonardo, 59’), Brito e Luís Carlos (Djalma, 73’).
Cartões amarelos: Pedro Pereira (18’), Daniel (22’), Brito (50’) e Cláudio (88’); Rojo (44’), Labyad (46’), Cédric (90+2) e Rui Patrício (90+3). Labyab viu segundo amarelo (88’) e viu o vermelho (88’).
Artur Madeira