“A equipa está com vontade enorme de ganhar” – foram as palavras de Sá Pinto no final de um jogo em que a “desgraça” começou com a expulsão directa de Xandão, o que “descontrolou” por completo a equipa sportinguista frente ao Basel.
O acto irreflectido do defesa central dos leões – que deixou que um adversário lhe roubasse a bola perto da linha da grande área e, em desespero, derrubou-o. Decorria o minuto 50 e se até ao intervalo, com a equipa completa, não fizeram nada de positivo, com dez elementos a situação podia complicar-se, do que não gostaram os 22.325 espectadores presentes.
Só que o Basel, como demonstrou em Alvalade, não tinha capacidade para levar os três pontos para casa, porquanto no primeiro tempo não teve oportunidades para nada, a não ser “congelar” a bola durante quase todo o tempo, ainda que com a ajuda do trio de “músicos” (Carrillo e, especialmente, Izmailov e Capel) que não se cansaram de tentar dar “baile” (a bola é praticamente só deles) sem contar com os restantes colegas, “atrapalhando” toda e qualquer “mecanização” eventualmente determinada por Sá Pinto.
Nos 45 minutos iniciais, o primeiro remate do Sporting foi feito aos 20’ por Cédric, sendo que, aos 33’, Streller “assustou” Patrício, tendo Wolfswinkel obrigado o guardião suíço a uma difícil defesa para canto, que não resultou. Dois minutos antes Rojo foi amarelado por entrada mais dura.
O segundo tempo começou praticamente com a expulsão de Xandão, como se referiu e o descontrolo leonino foi gritante. O Basel passou a chegar-se mais à frente, o Sporting começou a recuar, essencialmente por receio (o que denota falta de confiança nos jogadores), e aos 55’ o momento de maior perigo em todo o jogo. Aproveitando o correr “livre” em que não havia jogadores, Diaz rematou com força e fez a bola passar sobre Patrício e beijar a trave, embora da parte de fora.
Uma entrada mais violenta (o discernimento leonino piorava) por parte de Gelson – ainda assim o mais esforçado de toda a equipa – levou o árbitro a mostrar o amarelo (59’), dando origem a um livre que Alexander Frei marcou a preceito e ficou a milímetros de bater Patrício.
Aos 65’ foi o Sporting a perder três grandes oportunidade no decorrer da mesma jogada, com toda a gente uns a falhar, outros a afastar o perigo, acabando a bola por se perder, chegando a maior oportunidade do Basel poder marcar aos 72’, depois de ter três jogadores praticamente sós mas que nenhum conseguiu rematar direito.
Aos 75’ (depois de Carriço ter substituído o expulso Xandão, aos 56’) Sá Pinto faz entrar Labyad para nova vida ao ataque, mas não conseguiu nada de positivo, porque os golos não apareceram.
E foi Carriço que, aos 80’, de longe, rematou forte mas à figura do guardião Sommer, um dos esteios da equipa suíça.
No Sporting, um positivo para Cédric (a defender e a atacar), ainda assim a Gelson, pelo que correu e lutou, sendo que o trio dos “músicos-dançarinos” Carrillo, Izmailov e Capel, complicou quase sempre.
No Basel, saliência para Sommer, Park Joo Ho, Streller, A. Frei, Diaz, Salah e Cabral.
A equipa de arbitragem israelita, chefiada por Alon Yefet (auxiliado por Danny Krasikow e Shabtai Nahmias), não teve problemas nem cometeu erros para levar o jogo a bom porto.
As equipas alinharam:
Sporting – Patrício; Cédric, Xandão, Rojo e Pranjic; Izmailov (Ande Martins, 66’), Gelson e Elias (Carriço, 56’); Carrillo (Labyad, 75’), Wolfswinkel e Capel.
Basel – Sommer; Steinhofer, Dragovic, Sauro e Park Joo Ho; Salah (Zoua, 74’), Diaz (F. Frei, 82’), Cabral e Stocker (Degen, 90’); Streller e A. Frei.
Cartão vermelho para Xandão (50’) e amarelos para Rojo (30’), Gelson (59’) e Park Joo Ho (66’).
Artur Madeira