JP2012 – Portugueses
José Macedo conquistou, este sábado, mais uma medalha (bronze) para Portugal nestes Jogos Paralímpicos, ao classificar-se em terceiro lugar na prova de Boccia BC3.
Macedo começou este torneio individual vencendo o canadiano Paulo Gauthier por 7-5 e daí e até final, ao fim de três dias de competições de manhã e à tarde, chegou à medalha de bronze, o que diz bem da sua vontade de superar-se momento a momento.
Esta foi a terceira medalha para Portugal, depois de uma de prata (equipa de BC3 – Armando Costa, José Macedo e Luís Silva), ambas na Boccia, e de outra de bronze (Lenine Cunha, no atletismo), aumentando o pecúlio nacional nestes jogos para 88 (25 de ouro, 40 de prata e 33 de bronze).
Ainda na Boccia, mas em BC1, João Fernandes venceu o chinês Qi Zhang (3-2) e classificou-se entre o 5º e o 8ºlugar, categoria onde o campeão paralímpico foi o tailandês Pattaya Tadtong, que venceu o britânico David Smith por 7-0.
Na BC2, Abílio Valente derrotou Hiu Lam Yeung (Hong Kong) por 4-1, admitindo-se a classificação final entre o 5º e o 8º lugar, prova que foi ganha (ouro) pelo brasileiro Maciel Sousa Santos, que derrotou, na final, o chinês Zhi Qinng (prata), por 8-0.
Entretanto, Firmino Baptista falhou a presença na final dos 100 metros T11, mas estabeleceu novo recorde nacional da distância, com 11,65, menos três centésimos que o anterior, que pertencia a Carlos Lopes, o Chefe da Missão a Londres.
“Fiz o que pude, mas estou a correr contra atletas quase profissionais”, salientou o atleta português (34 anos), que adiantou que “muitos dos responsáveis portugueses não estão sensibilizados para a necessidade de investir, e que é preciso fazer o trabalho de casa”.
Firmino Baptista concluiu que “é necessário fazer um trabalho com cabeça, tronco e membros na pista de atletismo, na piscina e nos pavilhões de boccia”.
Por certo palavras que podem levar a um estudo bem profundo para analisar o que se passou que não foi programado, quiçá a falta de previsão do elevado número de participantes em Londres, da sua origem e dos métodos de trabalho que foram sendo utilizados pelos outros países, e que deram origem a resultados, mais ou menos inesperados, conseguidos por atletas de países que estiveram presentes pela primeira vez, nuns Jogos onde se bateram um sem número de recordes mundiais. Outros atletas portugueses já se manifestaram mais ou menos no mesmo sentido.
Ainda em relação a este sábado, destaque para Adriano Nascimento (SB9), que obteve um excelente 6º lugar na final dos 100 metros bruços, com 1.11,87, depois de, na meia-final, ter conseguido o apuramento com 1.12,32 (8º). O campeão paralímpico foi Pavel Portavtsev (Rússia), com 1.04,02, novo recorde mundial.
Também na natação, Simone Fragoso (S5) cumpriu os 100 metros livres no 10º lugar, com 1.41,56 (entre 11 participantes), não sendo apurada para a final.
Este sábado, Portugal foi honrado com a entrega das medalhas aos primeiros classificados das provas de 800 metros e estafeta de 4×400 metros, no Estádio Olímpico, outorgadas por Alexandre Mestre, Secretário de Estado do Desporto e Juventude.
Para fecho destes Jogos Paralímpicos, Portugal vai apresentar três atletas na maratona, na classe T11/T12, que são Gabriel Macchi, Joaquim Machado e Jorge Pina, estando a ser aguardada, também com expectativa, a cerimónia de encerramento.
E, para concluir, deve-se enaltecer o papel que a Galp Energia (através da sua Fundação) e da Seguradora alemã ALLIANZ, como únicos patrocinadores oficiais, tem desenvolvido no apoio a esta causa do desporto a cargo do Comité Paralímpico de Portugal.