Quinta-feira 28 de Novembro de 2024

Valeu a Pena!

emanuel_e_pimenta_prataE os prenúncios de medalha confirmaram-se de prata

Depois do brilhante êxito nas meias-finais, tudo apontava – embora ninguém o quisesse assumir publicamente para evitar surpresas que podiam ser desagradáveis, como se verificou no judo – Emanuel Silva e Fernando Pimenta chegaram à prata com o ouro a menos de cinco centésimas.

Como musicou Moniz Pereira, em mais um dos fados que são da sua autoria, por certo que, neste momento, vale tudo, a que se intitula “Valeu a pena!”. De facto, foi a sofrer que se começou, com algum atraso, para terminar a sofrer ainda mais porque o ouro estava a chegar às mãos dos dois portugueses mais brilhantes destes jogos Olímpicos de Londres. Pelo menos até esta quarta-feira.

A ansiedade foi vivida por muitos milhares de portugueses em todo o mundo lusófono e a situação não era para menos. A sensação de “fracasso” pairava no ar mas a bênção, para muitos, vinda do mar, volta a chamar a atenção de todo Portugal para a necessidade de aproveitarmos cada vez mais a riqueza que está ou provêm da água, seja do mar seja dos rios.

O tempo final de Portugal foi de 3.09,699 contra os 3.089,646 dos vencedores, a Hungria.

Uma situação brilhante para os jovens canoistas que pensam já no Rio de Janeiro’2016.

Com esta medalha, Portugal soma a 23ª em 100 anos de presença nos Jogos Olímpicos, numa estreia que se verificou em 1912, com a malfadada morte do maratonista Francisco Lázaro, alvo de várias homenagens recentemente.

Além das quatro de ouro, exclusivas do atletismo, os nossos atletas conquistaram mais 8 de prata e 11 de bronze. Quem está a seguir para fazer parte do rol?

Mas esta quarta-feira ficou ainda assinalada com a entrega de mais um diploma, desta vez à equipa de K4-500, composta por Teresa Portela, Beatriz Gomes, Joana Vasconcelos e Helena Rodrigues, mercê do excelente 6º lugar alcançado nesta prova.

Outro diploma foi conquistado pela dupla dos 49er (vela), formada por Bernardo Freitas e Francisco Andrade, que obteve um também excelente 7º lugar na regata das medalhas, esta quarta-feira realizada.

Muito positiva foi ainda a prova efectuada pela cavaleira Luciana Diniz que, depois de ter obtido um excelente 7º lugar na final A, com apenas um ponto de penalização, passou à final das finais e não manteve o mesmo nível, terminando no 17º lugar, após ter sido penalizada com mais 9 pontos (dois derrubes de obstáculos e por a prova ter terminado depois do limite). Mesmo assim foi excelente o comportamento desta amazona portuguesa de origem brasileira que, em 2016, defenderá as cores lusas nos jogos do Rio de Janeiro.

No atletismo, a saga continua. Se se admitia que Edi Maia podia quebrar o “pesadelo” que tem tido nas grandes competições, embora em estreia num evento como os Jogos Olímpicos, de Vânia Silva não se esperava mesmo nada, nem mesmo a presença da recordista nacional, que não confirmou as marcas ainda em Portugal.

Edi não passou dos 5,20, e conseguido só à terceira tentativa, falhando as três que teve a 5,35, ficando-se pelo 24º posto em 32 atletas. No caso de Vânia, fez dois lançamentos válidos (62,81 e 62,18) dos três dispunha, e ficou no 35º lugar entre as 37 participantes.

 

© 2024 Central Noticias. Todos os direitos reservados. XHTML / CSS Valid.