Quarta-feira 27 de Novembro de 2024

Canoagem a toda a velocidade para as … finais

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A dupla formada por Fernando Pimenta e Emanuel Silva deu o primeiro toque a caminho da final, o que foi também aproveitado pelo quarteto feminino, com Teresa Portela, Beatriz Gomes, Joana Vasconcelos e Helena Rodrigues.

Na verdade, se a dupla masculina teve de suar duas vezes para chegar à final, sem dúvida que as mulheres – até porque eram a dobrar – “mataram” logo o assunto à primeira e apuraram-se directamente para a final, confirmando não só uma supremacia como também o desejo de poderem ir mais além.

Cumpriram os 500 metros em 1.32,785, sendo o segundo melhor tempo no grupo geral que, desta forma, se juntou às vencedoras das duas séries efectuadas. Um excelente resultado para começar.

Nos rapazes, depois de uma partida fulminante, a vitória escapou a poucos centímetros da linha de chegada (3.13,710 foi o tempo registado), numa táctica que foi arriscada mas que surtiu efeito dado que o apuramento para a meia-final foi conseguido. Se tivessem vencido – e foi esse o pensamento por certo – passariam de imediato à final.

Na meia-final, as coisas foram diferentes. Acusando o esforço da fase inicial, começaram mais cautelosos – até de mais para quem assistiu – e acabaram por ter algumas dificuldades (3.14,017 foi o tempo) para chegaram no segundo lugar, dentro dos três que davam acesso à final. Foi conseguido e isso foi o mais importante.

Quer um quer outro resultado são de ouro para Portugal, porque é a primeira vez que as equipas portuguesas de canoagem chegam a uma final olímpica. Agora resta esperar pelo melhor.

Dia histórico também para o Hipismo, onde a cavaleira Luciana Diniz garantiu o acesso à final B, depois de ter alcançado o 26º lugar, com um total de 12 pontos de penalização, mais quatro do que tinha na fase anterior, respeitante a um toque nesta derradeira “rodada”.

A final A contará com os melhores vinte cavaleiros e a B com os restantes, onde estará Luciana Diniz.

A dupla dos 470, composta por Álvaro Marinho e Miguel Nunes lograram manter o sexto lugar na classificação geral quando ainda faltam duas regatas para o final da competição (antes da prova das medalhas).

No entanto, as coisas não correram tão bem esta segunda-feira. Na 7ª regata, foram parar a 17º mas na 8ª reagiram bem e chegaram ao 3º lugar, a que corresponde o 6º da geral. Chegar à regata das medalhas é o objectivo e parece ser atingível, desde que o vento também dê uma “ajudinha”.

Nos 49er, Francisco Andrade e Bernardo Freitas é que não estiveram com sorte, se bem que garantissem lugar na regata das medalhas, com o 8º lugar, descendo quatro posições em relação ao dia anterior. Na 14ª regata, não passaram do 14º lugar e na 15ª chegaram em 15º. “Casaram” números de regatas com lugares de chegada, mas sem sorte. Esperemos o que pode acontecer na derradeira corrida às medalhas.

No atletismo, Clarisse Cruz portou-se muito bem na final dos 3.000 metros-obstáculos, com um excelente 11º lugar e um tempo muito bom (9.32,44) e bem perto do recorde pessoal que havia “pulverizado” na véspera (9.30,06), depois de uma queda espectacular num obstáculo e uma não menos espectacular recuperação, numa prova ganha pela russa Yuliya Zaripova (com novo recorde pessoal a 9.06,72), depois de ter dominado a prova de princípio a fim.

É mais um lugar de finalista a pontuar no “contrato programa” entre o Governo e a Federação que, com a Jéssica Augusto (7ª), já cumpriu o objectivo.

Na meia-final dos 400 metros-barreiras, Vera Barbosa acabou por acusar o esforço da véspera – onde bateu o recorde nacional por uma margem, de 58 segundos, o que é obra – e obteve o 19º tempo (56,27) entre as 24 meio-finalistas.

E por atletismo, saliente-se a emoção que se verificou no final da prova e depois na entrega das medalhas ao vencedor dos 400 metros-barreiras, Félix Sanchez (República Dominicana), um antigo atleta norte-americano que foi campeão mundial nesta disciplina e nos 40 metros planos até 2004 e que, depois de se acolher no novo país, voltou ao de cima oito anos depois. Chorou copiosamente. E milhares no estádio olímpico também! Os grandes campeões, os heróis, também choram!

 

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