Quarta-feira 27 de Novembro de 2024

Mesatenistas brilhantes jogaram três horas e meia

port_tenis_mesa_londSabemos que correr duas horas e meia de seguida e estar três horas e meia a jogar ténis de mesa, uma e outro a alto nível, pode não ter comparação objectiva, mas temos para nós que o stress é muito maior nos homens com a bola branca.
Acrescentamos que correr em regime aeróbio é uma situação que causa menos esforço, embora prolongado, enquanto que no anaeróbio é situação é de maior pressão, face aos vários níveis de exigência que surgem jogo a jogo, mais a mais com uma partida em que se fizerem nada menos do que 19 partidas.

Isto para dizer que a equipa nacional de ténis de mesa teve muito mais trabalho, não pondo em causa os resultados obtidos pelas maratonistas, também de bom recorte técnico e classificativo, em especial.

No ténis de mesa, Tiago Apolónia começou por perder (3-0), Marcos Freitas recuperou (3-1) e o par formado por João Monteiro e Tiago Apolónia também ganhou (3-2), colocando Portugal em vantagem (2-1). Na segunda parte, Marcos Freitas e João Monteiro deram muita luta mas perderam por 3-1 e 3-1, pelo que a Coreia do Sul seguiu para as meias-finais. Portugal confirmou porque é o 7º no ranking mundial e, ainda, porque deu uma excelente luta, entrando no grupo do 9º lugar.

No atletismo, na rainha das provas, o trio de portuguesas esteve muito bem – pese embora tacticamente algo não terá sido pensado – porquanto se houvesse classificação colectiva Portugal teria ganho uma medalha de bronze.

Referimos tacticamente dado que, pelo que foi dado ver, as atletas poderiam ter beneficiado mais se fizessem o chamado “jogo de equipa”, isto é, correndo juntas, ajudando-se na escolha do ritmo e, na altura própria, cada uma partia à sua vida.

Para o caso, Marisa apostou em ir na frente, dando nas vistas, mas prejudicando a parte final; Jessica preferiu fazer o contrário e correr de trás para a frente, como referiu, tanto mais que não era candidata às medalhas e não arriscou. O que Dulce Félix de uma maneira mais ou menos idêntica fez, embora mais para trás e com mais dificuldades a terminar.

O resultado final é positivo (pelo menos em termos do cumprimento do contrato-programa com o Estado), sendo que Jessica Augusto foi 7ª (2.25.11), Marisa Barros 13ª (2.26.13) e Dulce Félix (2.28.12), numa prova ganha pela etíope Tiki Gelana com novo recorde olímpico (2.23.07).

Ainda no atletismo, Vera Barbosa esteve formidável na eliminatória dos 400 metros barreiras, que cumpriu com um novo recorde nacional a 55,22, ficando no 12º lugar entre as 24 apuradas para as meias-finais. O anterior recorde já lhe pertencia com 55,80 desde Junho deste ano.

No Hipismo, na prova de obstáculos a representante portuguesa Luciana Diniz voltou a brilhar, fazendo um percurso limpo dentro do tempo definido e conseguindo um lugar entre os 45 cavaleiros que vão para a terceira ronda, com apenas oito pontos de penalização na primeira prova do programa.

Na vela e na classe RS:X, João Rodrigues foi 20º e 3º, respectivamente nas 9ª e 10ª regatas, terminando no 14º posto.

No 48er, Bernardo Freitas e Francisco Andrade foram 10ª e 5ª respectivamente nas 12ª e 13ª regatas, passando a ser 4º na classificação geral, quando faltam duas regatas para se concluir a competição. A luta para subir mais uns furos é renhida com a Dinamarca, Finlândia e França.

No Tiro, João Costa voltou a estar em plano de evidência ao obter o 9º lugar na prova de 50 m, em tiro de pistola, perdendo o lugar na final por apenas uma décima. Costa somou 559 pontos, o mesmo que outros cinco concorrentes. No desempate, Costa perdeu apenas pela referida “décima”. Ainda assim, o nono posto, depois de um 7º é excelente para este veterano desportista olímpico português.

 

 

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