Londres’2012 – Portugal
Em cada dia que passa (ou passou) desde que se entrou na fase final para este Londres’2012, as probabilidades de Portugal voltar a conquista, nem que seja uma medalha apenas, andou de boca em boca, de escrito em escrito.
E a tónica quase unânime era a de que ou, sem as estrelas (lesionadas), não haverá ou, mesmo assim, ainda temos hipóteses. E nestes últimos dias “caiu” sobre os ombros da judoca Telma Monteiro a maior “responsabilidade” de chegar ao pódio.
A atleta já demonstrou que pode lá chegar, como o fez em europeus e mundiais desde há quatro anos para cá. Sabe-se que um dia nunca é igual ao outro (e tem 24 horas) e que num combate (de poucos minutos) tudo pode acontecer. Deseja-se que seja o dia de Telma. Mas com este factor de pressão, não há dúvida que não ajuda. Aguardemos com esperança.
Outro tipo de pressão começou a surgir nestes últimos dias: a de que “esta missão é a mais bem preparada de sempre” (Vicente Moura, presidente do Comité Olímpico de Portugal, ao Correio da manhã desta quinta-feira) e, outra, em que “temos atletas com objectivos diferentes mas os portugueses vão poder ver alguns a lutar para isso. É imprevisível mas vai acontecer. Estou convicto que num momento de superação isto pode acontecer” (Mário Santos, chefe de missão, ao Record do dia 10 deste mês).
Por outro lado, diz-se que, para Pequim, Portugal “chegou lá com 12 campeões do mundo ou da Europa” mas este ano “temos apenas duas campeãs europeias” (Vicente Moura, em “A Bola” desta quinta-feira). É o que se chama colocar água na fervura.
Como se sabe, Portugal apresenta 77 atletas. De entre todos, é certo que existem os que provaram, no presente ano, estar bem, muito embora em alturas diferentes. Como tudo na vida, há factores intrínsecos e extrínsecos. De todos, o único que não existe é o chamado “jet leg”. Não há diferença horária. Vantagem? Sim. Mas só isso?
Como se sabe, as “batalhas” começam já este sábado, com muita gente a entrar em acção:
No ciclismo, na ginástica, no judo, na natação, no remo, no ténis de mesa e no tiro. Dos resultados obtidos, surgirá a primeira análise. Que a sorte – e o saber, que tem – ajude Telma Monteiro do princípio e até chegar ao pódio.