Vinte e dois (que podem ser 24 ou 25) é o número de atletas que a Federação Portuguesa de Atletismo que comporão a equipa nacional para os jogos Olímpicos de Londres, que não contará com três dos mais recente medalhados olímpicos lusos.
Em relação ao número efectivo ora divulgado a única novidade (pública, porque já se previa) é a ausência de Rui Silva (5.000 metros) pelo facto de não se prever o tratamento completo da lesão que sofreu e que o obrigou a parar há já algum tempo, a que se junta os casos de Naide Gomes, Nelson Évora e Francis Obikwelu.
Dois da lista inicial ficam em “stand by” por que ainda não deram indicações precisas de que, apesar de terem os mínimos A, quanto à forma actual e se conseguem recuperar até ao dia 27, prazo final para que tudo se decida, como são os casos de Arnaldo Abrantes (200 metros) e Vânia Silva (martelo).
No grupo da prevenção está o maratonista Luís Feiteira (o oficial é Rui Pedro Silva), que não está inscrito mas que cumpre com os mínimos. O que acontece também com o marchador Pedro Isidro.
Fernando Mota e José Barros (Director Técnico Nacional) jogaram à defesa quanto ao objectivo de chegar às medalhas, preferindo dizer que “os objectivos são os dos atletas e dos seus técnicos, que os conhecem”, mantendo grande prudência que é tom geral, onde se inclui também o Comité Olímpico de Portugal, situação, aliás, despoletada logo que foi conhecido o impedimento de Vanessa Fernandes (triatlo), Nelson Évora e Naide Gomes (medalhados nos últimos Jogos), a que juntou Francis Obikwelu e Rui Silva.
O presidente federativo não se cansa de “chatiar” toda a gente, ao afirmar que o “atletismo é que conseguiu ganhar as quatro medalhas de ouro olímpico que o desporto português conquistou até agora”, acrescentando ainda que “no ciclo que agora termina (2009-2012), o atletismo já ganhou 56 medalhas em competições internacionais, depois de, no anterior (2005-2008) ter alcançado 45”, o que é inédito em Portugal e sem qualquer comparação com qualquer outra modalidade, o que, segundo Fernando Mota, “resulta da implementação de uma estratégia de sucesso”.
Enquanto se aguarda o início das competições (3 de Agosto), aqui ficam os nomes dos atletas já considerados definitivos, sendo de relevar o facto de as mulheres ganharem em número (e, provavelmente, na obtenção de melhores lugares), sendo de 13 para 9 homens, assim distribuídos:
Masculinos – Arnaldo Abrantes (200 metros, ainda a justificar as marcas); João Almeida (110 barreiras), Jorge Paula (400 barreiras), Alberto Paulo (3.000 obstáculos), João Vieira (20 e 50 km Marcha), Rui Pedro Silva (maratona), Edi Maia (vara), Marcos Chuva (comprimento) e Marco Fortes (peso).
Femininos – Sara Moreira (5.000 e 10.000), Vera Barbosa (400 barreiras), Clarisse Cruz (3.000 obstáculos), Ana Cabecinha, Vera Santos e Inês Henriques (20 km marcha), Jessica Augusto, Marisa Barros e Ana Dulce Félix (maratona), Maria Leonor Tavares (vara), Patrícia Mamona (triplo), Irina Rodrigues (disco) e Vânia Silva (martelo, ainda a confirmar marcas).
Espera-se que a “ambição olímpica” venha ao de cima no momento próprio.