Sexta-feira 23 de Novembro de 7866

Um final dourado por Dulce Félix

dulce_felix_ouro_cn_jdmAtletismo – Europeu de Helsínquia

Portugal acabou da melhor maneira e a alto nível o Campeonato da Europa, que este domingo terminou na cidade finlandesa de Helsínquia, através da conquista da medalha de ouro por parte de Ana Dulce Félix nos 10.000 metros.

Sem medos, sem problemas, com uma passada leve e com esforço coordenado de princípio a fim, a atleta portuguesa não teve problemas para arrecadar a sua primeira medalha de ouro em grandes competições, dando uma imagem excelente para Londres, pese embora a correr na maratona.

Depressa se percebeu que Dulce tinha todas as condições para vencer, o que confirmou ao longo da prova, assumido no comando e a “fuga” para a vitória ainda muito cedo. Chegou ao fim com mo registo de 31.44,75 e deixou a segunda a cerca de cinco segundos. Uma vitória justa e excelente.

Nesta prova, de salientar a excelente corrida da “veterana” Ana Dias que, ainda assim, continua a dar cartas, atendendo à conquista do 7º lugar, com mo tempo de 32.35,82. Leonor Carneiro também esteve bem, conquistando a um novo recorde pessoal a 33.05,92, que correspondeu ao 10º lugar, entre as 16 participantes, um número reduzido em relação ao que se poderia esperar neste tipo de competição (Europeu).

Outro herói do dia foi Hélio Gomes que, de forma inteligente, correndo de trás para a frente, obteve um óptimo quarto lugar na final dos 1.500 metros, com um registo de 3.46,50, numa corrida disputadíssima na parte final e em que a queda de três atletas (em duas ocasiões) terá originado uma classificação diferente.

Bem “guardado” em local estratégico (encostado à corda), Hélio passou incólume e esteve à beira de causar surpresa na luta pela conquista das medalhas em disputa. A diferença entre o primeiro e Hélio foi de trinta centésimos apenas, só a cinco para o terceiro lugar.

De registar que a medalha de prata foi conquistada por um francês de origem portuguesa, Florian Carvalho.

Mas este último dia foi ainda mais produtivo ao juntarmos o excelente tempo obtido por João Almeida na meia-final dos 110 metros-barreiras, que redundou num novo recorde nacional a grande distância. João completou a prova em 13,56, nada menos do que seis décimos em relação ao anterior recorde (13,62) que pertencia a Luís Sá, há já alguns anos, tendo sido 12º entre os 24 semifinalistas. João já tinha ficado a um centésimo no decorrer da primeira eliminatória, quando fez 13,63.

Nesta mesma prova, Rasul Dabó esteve muito melhor do que na primeira fase (14,00), fazendo agora 13,73, que correspondeu ao 19º posto.

Muito bem esteve ainda Marcos Chuva, que obteve um excelente sétimo lugar na final do salto em comprimento, com 7,92, registo perto do que fez no apuramento a 7,96, tendo faltado apenas o “clique” que o pudesse levar acima dos oito metros, para lutar pela conquista das medalhas.

Outro resultado de vulto, em termos de classificação apenas, foi a sexta posição conseguida pela estafeta de 4×100 metros, com 39,96 (pior que no apuramento, a 39,66), aproveitando a desqualificação das formações da G. Bretanha e República Checa.

A equipa lusa foi constituída por Ricardo Monteiro, Dany Gonçalves, Diogo Antunes (que substituiu Arnaldo Abrantes, presente na eliminatória) e Yazaldes Nascimento.

Nesta ronda final, foram batidos mais seis recordes nacionais (entre os quais o de João Almeida nos 110 metros barreiras), para além de três recordes pessoais.

Nos 4×100 metros (femininos e masculinos), a Alemanha e a Holanda, respectivamente, fizeram as melhores marcas europeias do ano, o que aconteceu também nos 4×400 metros pela Ucrânia (feminino) e Bélgica (masculino). Outra marca do ano foi obtida pelo francês Renaud Lavillenie ao vencer o salto com vara com 5,97, depois de uma renhida luta até final.

Os últimos campeões, nesta tarde final, foram:

Masculinos – Vara – Renaud Lavillenie (França), 5,97; Comprimento – Sebastian Bayer (Alemanha), 8,34; 4×100 m – Holanda, 38,34; 1.500 m – Henrik Ingebrigtsen (Noruega), 3.46,20; 110 m. Barreiras – Sergey Shubenkov (Rússia), 13,16 )13,09 na meia-final); 4×400 m – Bégica, 3.01,09.

Femininos – Martelo – Anita Wlodarczyk (Polónia), 74,24; 1.500 m – Asli Çakir-Alptekin (Turquia), 4.05,31; 4×100 m – Alemanha, 42,51; 10.000 – Ana Dulce Félix (Portugal), 31.44,75; Disco – Sandra Perkovic (Croácia), 67,62; 4×400 m – Ucrânia, 3.25,07.

 

© 7867 Central Noticias. Todos os direitos reservados. XHTML / CSS Valid.