Atletismo – Europeu de Helsínquia
Patrícia Mamona, com um primeiro ensaio pleno de pujança e confiança, bateu o seu próprio recorde de Portugal do triplo salto, com 14,52, e alcançou a medalha de prata, a 18ª em europeus e a 261ª na história do atletismo nacional.
Entrando a “matar”, como soe dizer-se, Patrícia acrescentou mais dez centímetros à sua anterior marca (14,42) e saltou para a ribalta internacional de forma definitiva, também com o vento a ajudar até a 1,8 m/s, perto do máximo que é de dois metros por segundo.
Depois de Sara Moreira, na quinta-feira, ter conquistado o bronze, esta sexta-feira ficou marcada pela prata de Patrícia, uma estreia absoluta com este desiderato para a jovem atleta do Sporting.
Na outra final do dia, com portugueses, relevo para o excelente 5º lugar obtido por Marco Fortes, ao enviar o peso a 20,24, ficando a doze centímetros do bronze e a cerca de meio metro da medalha de prata, que estava ao seu alcance, face aos 21,02 alcançados já esta época. Um bom desempenho.
Arnaldo Abrantes, na segunda fase dos 200 metros (para onde foi apurado com o tempo de 21,24) voltou a demonstrar não “estar em forma”, pese embora tenha sido o segundo melhor a partir na sua meia-final. Foi 7º na segunda meia-final, onde couberam alguns dos mais emblemáticos atletas da actualidade.
Nesta sexta-feira, o dia ficou assinalado pela queda de três recordes nacionais, um dos quais o de Patrícia Mamona, e mais trinta e um recordes pessoais, o que continua a ser excelente.
Quanto aos portugueses, mais um grupo vai entrar em acção este sábado, como são os casos de Irina Rodrigues (disco), Edi Maia (vara), Rasul Dabó e João Almeida (110 metros-barreiras) – da parte da manhã – e Clarisse Cruz (final dos 3.000 obstáculos, 17h55), Youssef el Kalay, Rui Pedro Silva e José Rocha (19 horas) na final dos 10.000 metros, terminando este penúltimo dia dos campeonatos com a presença de Portugal na estafeta de 4×400 metros (19h50).
Os novos campeões europeus, apurados na jornada desta sexta-feira são os seguintes:
Masculinos – Robbie Grabarz, G. Bretanha, 2,31; 3.000 metros obstáculos – Mahiedine Mekhissi Benabbel, França, 8.33,23; Peso – David Storl, Alemanha, 21,58; 400 m – Pavel Maslak, R. Checa, 45,24 e 400 m barreiras, Rhys Wiulliams, G. Bretanha, 49.33.
Femininos – Peso – Nadine Kleinert, Alemanha, 19,18; Dardo – Viva Rebryk, Ucrânia, 53,77; Triplo – Olha Saladuha, Ucrânia, 14,99, melhor do ano; 400 Barreiras – Irina Davydova, Rússia, 53,77, melhor do ano; 800 m – Yelena Arzhakova, Rússia, 1.58,51 e 400 m – Moa Hjelmer (Suécia), 51,13.
Nas medalhas, a Rússia já passou para a liderança, somando onze (4 de ouro, 3 de prata e 4 de bronze), seguida da Alemanha, com 6 (3-2-1) e da França com 7 (3-1-3). Quarto lugar para a G. Bretanha, com 4 (3-1-0) e Ucrânia, com 8 (2-3-3). Portugal mantém-se no 13º lugar, agora com a prata de Patrícia e o bronze de Sara. Vinte são os países que já conquistaram medalhas entre os 42 representados.