Com o perfume da Rosa
Depois da Semana Olímpica veio o Dia Olímpico e, deve-se dizer, com muito brilho e com um cheio a perfume de Rosa. Rosa Mota, a campeã olímpica, a coqueluche para as cerca de quatro milhares de crianças que povoaram de lés a lés a Quinta das Conchas, em Lisboa.
A festa, desta vez, foi dupla, dado que o Comité Olímpico e a Câmara Municipal deram as mãos para juntar não só os jovens que, em anos anteriores, estiveram separados por uma “quase lei” deste país, aquela onde “cada macaco deve estar no seu galho”. Trocando por miúdos, cada instituição (COP ou CML) fazia a sua festa anual em locais diferentes, com objectivos diversos: a autarquia como festa de fim de mais um ano lectivo; o COP para promover a festa do olimpismo.
Como entrámos em crise (financeira e não só) e o dinheiro não abunda, o “casamento” realizou-se e espera-se que cada aniversário seja feito segundo o princípio agora definido. Ganha o país e ganham os jovens, em especial, com o Dia Olímpico a ter, segundo a organização, o “maior número de sempre de jovens”. Estava à vista (desarmada) de todos.
Vicente Moura (presidente do Comité) e Manuel Brito (vereador da edilidade lisboeta) marcaram presença – António Costa (presidente) “apresentou-se” na Ocean Race, na Doca de Pedrouços – a par dos olímpicos Francis Obikwelu e Patrícia Mamona, além de Nuno Delgado (o adjunto da missão a Londres) e a sempre campeã Rosa Mota, uma rainha em pessoa e também a rainha das presenças em tudo o que são eventos promocionais do desporto e de causas sociais. Continua a merecer muitas medalhas olímpicas.
Várias actividades desportivas e lúdicas levaram os jovens presentes ao contacto com muitas das modalidades, olímpicas e não olímpicas, como foram os casos do Atletismo, Basquetebol, Corfebol, Escalada, Esgrima, Ginástica, Golfe, Hóquei em Campo, Judo, Karaté, Orientação, Remo, Râguebi, Taekwondo, Ténis e Voleibol.
A Tocha Olímpica foi acesa e os jovens tiveram ainda oportunidade de, na estação pedagógica do Comité, ouvir falar dos valores e da história do Olimpismo.
Espera-se que tenham retido alguma ideia sobre estes valores – também os de sociedade, de convivência, de fraternidade e amizade para com todos – que muita falta fazem nos dias de hoje e também para o futuro. País sem história é um país sem futuro! O que os mais velhos parecem ter esquecido!