Segunda-feira 24 de Novembro de 5586

J. Loureiro dos Santos – As Forças Armadas em Portugal

LoureiroSantos-1“À Instituição Militar, o último esteio da Pátria. Aos militares portugueses, tantas vezes glorificados e outras tantas desprezados, mas sempre cumprindo o seu dever. Que pode incluir o sacrifício máximo”.

Foi com esta dedicatória que o General Loureiro dos Santos escreveu o livro intitulado “As Forças Armadas em Portugal”, recentemente apresentado com pompa e circunstância, de alguma forma inusitada, no Instituto de Estudos Superiores Militares (IESM).

Algo pomposo face à presença do Primeiro Ministro, Ministro da Defesa, secretário de Estado da Defesa, Director das “Secretas” – muito badalado face ao caso em curso – Conselheiros de Estado, Deputados e Chefes dos três ramos das Forças Armadas, tendo havido uma geral admiração pelo aparato para uma simples apresentação de um livro.

Livro que relata um conjunto de factos relacionados com o poder nacional e as forças amadas, razões para que Portugal tenha forças amadas, como são as forças armadas, o que fazem, o Estado português e as forças armadas de Portugal e a Nação e as forças armadas, tendo o General Ramalho Eanes feito a apologia do livro e do autor.

A dada altura, Loureiro dos Santos escreve que “como referi no livro “Como defender Portugal”, o vértice sul do triângulo português (arquipélago da Madeira) poderá ser directamente afectado, constituindo-se num objectivo político-militar, especialmente se Marrocos, em aliança com outros países árabes num eventual confronto com Espanha, lançar mão de uma pretensa natureza africana daquele arquipélago, por ele ser considerado base de possíveis ameaças ao seu território”, no âmbito de uma guerra de “libertação das colónias” de Ceuta e Melilla”.

Acrescentou ainda Loureiro dos Santos: “ou ainda se islamistas extremistas radicados no norte de África olharem o arquipélago como alvo apetecível e mal defendido para levarem a efeito sobre ele espectaculares acções da Jihad, a que a importância turística do arquipélago daria repercussão global”.

Só por isto, já é importante ler mais um livro deste General “sem medo”, aliás como ficou provado no seu discurso de apresentação, em que não poupou o Estado por algumas das situações menos boas por que passam as Forças Armadas Portuguesas, e não só.

A edição é da Fundação Francisco Manuel dos Santos e recomenda-se. Há que falar claro!

 

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