JOGOS OLÍMPICOS
Cerca de milhão e meio de euros (€1.425.000) é o montante que o Comité Olímpico de Portugal (COP) vai receber este ano do Governo como última “tranche” para os Jogos Olímpicos de Londres.
Esta informação foi transmitida por Alexandre Mestre, secretário de Estado do Desporto e Juventude, no decorrer da cerimónia de assinatura do contrato-programa entre as duas entidades, colocando um ponto final à “guerrilha” iniciada a semana passada, quando o Chefe da Missão, Mário Santos, divulgou que os “atletas estavam a receber as bolsas com atrasos”, o que poderia colocar em causa a sua preparação.
Assim sendo, o caso deixou de ser caso. Mas isso também é fruto do facto de a maioria das federações desportivas dependerem, em grande parte, dos dinheiros públicos e, em eventuais situações semelhantes à que ora surgiu, não terem “pé-de-meia” para acudir, de forma transitória, como também lhes compete.
Em resposta a este tipo de questões, Alexandre mestre teve oportunidade de salientar que “este apoio vai ser conferido em tempo, a mais de dois meses de distância, ao contrário do que se verificou há quatro anos, para Pequim, em que o contrato foi assinado na véspera de início dos Jogos”.
Vicente Moura, presidente do COP, sublinhou que sentiu “da parte do governo e das entidades públicas o diálogo e o apoio necessário para a preparação olímpica fosse a mais condigna”, reforçou o papel desempenhado pelas federações desportivas envolvidas neste processo e concluiu afirmando que “em Londres podemos ter os melhores resultados possíveis, honrando Portugal”.
Há quatro anos, os objectivos eram completamente diferentes. Três a cinco medalhas eram a meta mais apelativa. E foi o que se sabe: ao primeiro desaire, o espírito olímpico e o fair play ruíram por completo.
Por outro lado, Alexandre Mestre anunciou a conclusão do processo do regime de tributação de bolas pós-carreira, neste momento atribuídas a 22 atletas de alto rendimento (não profissionais), a quem irão ser pagos mais de 700 mil euros correspondentes ao período de 2011 a 2015, sendo 136 mil só em 2012.
Outra medida que vai ter tomada é a contratualização de um seguro obrigatório de saúde, para um grupo de cerca de meio milhar de atletas, cujo custo ronda cem mil euros anuais.
Medidas que, face à austeridade financeira que se verifica, vai obrigar o governo a mais uma ginástica financeira ou, em alternativa, a angariação de patrocinadores ou mecenas para cobrir todo o espectro indispensável.
Recorde-se, aliás, entre outras coisas, o estado em que se encontra o Completo de Ténis do Jamor e o próprio Estádio Nacional, cada vez mais impróprio para quaisquer tipo de eventos,