Quando um jogador marca três golos no mesmo jogo, por certo que a equipa que representa fica com o caminho aberto para a vitória. Por vezes não é fácil mas o Sporting conseguiu ultrapassar as dificuldades e ganhar bem.
Bem e com num novo recorde de média de assistências no Alvalade XXI, o que é um bom final neste fim de época – embora ainda falte a cereja sobre o bolo, que é ganhar a Taça de Portugal no próximo domingo.
Mas – há sempre um mas – o Sporting voltou a complicar, não se sabe se por receio do adversário (afinal foi o 3º classificado e o Sporting 4º) se por culpa própria, aliás como se verificou em muitos jogos deste campeonato.
Se bem que tentasse, desde o princípio, instalar-se no meio campo bracarense, os comandados de Jardim não estavam pelos ajustes e foram torneando o maior caudal ofensivo dos leões embora sem causar perigo de maior.
Só à passagem da meia hora é que Quim foi chamado a uma boa defesa, a que se seguiu uma boa jogada engendrada pelos jogadores do Sporting, com a bola a passar ao primeiro toque, só que foi rematada para fora.
Mas, na jogada seguinte, aos 34’, o Sporting chegou ao golo. Numa luta com o defesa Ruben Amorim, Carrillo “rouba-lhe” a bola dentro da sua área e fez um passe, atrasado, onde surgiu Wolfswinkel a rematar com força e sem defesa para Quim. Um golo que acabou por merecer e que chegou até ao intervalo.
No segundo tempo, o Sporting entrou com mais força e num cruzamento para perto da grande área a bola chegou a Insúa (pareceu estarem fora de jogo) que a reenviou para Jeffren, que rematou ao lado.
Pouco depois (57’), foi o Braga a responder e a marcar. João Pereira perde a bola em luta com Lima, este passou a Mossoró, que fez seguir para Hélder Barbosa, que havia entrado e estava só, que não fez mais do que bater Patrício sem remissão.
Mas foi sol de pouca dura. O 2-1 para os leões chegou aos 61’. De novo Wolfswinkel. No seguimento de um cruzamento de Carrillo, a bola chega a Schaars que remata forte para Quim defender para o centro da área onde o nº 9 do Sporting, só, faz a recarga vitoriosa.
O Braga ainda resiste e obriga Patrício a uma boa defesa (65’) mas o Sporting (74’) tenta novo golo, com Insúa a obrigar Quim a uma boa defesa, ainda que para os pés de Woklfswinkel, que levou Quim a voltar a brilhar.
E o 3-1 chegou (83’) com alguma naturalidade, pese embora se releva a sorte que Wolfswinkel teve ao rematar contra as pernas de Everton, a bola seguir para a baliza e trair Quim.
Aos 87’ surge o maior problema. Lima cai dentro da área dos leões e o árbitro apita para grande penalidade. Não pareceu que houvesse qualquer carga ou ”sanduíche” quer de João Pereira quer de Evaldo, mas o árbitro marcou. Lima não perdeu a oportunidade para chegar às duas dezenas de golos mas perdendo o titulo de melhor marcador para Cardozo, embora com o mesmo numero de golos.
Um resultado que se aceita perfeitamente, porquanto até nem havia grande justificação, em jogo jogado, para dois golos de diferença.
Wolfswinkel foi o herói, ao marcar os três golos leoninos, mas Carriço, João Pereira, Xandão, Matias, Jeffren e Insúa também estiveram bem no Sporting. No Braga, Saliência para Quim, Mossoró, Lima, Custódio, Hugo Viana, Elderson e Hélder Barbosa.
Sob a direcção de Marco Ferreira – um senão no assinalar a grande penalidade e uma ou outra menos boa decisão que não influiu no resultado – e bem coadjuvado pelos assistentes, Sérgio Serrão e Cristóvão Moniz, as equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício (Tiago, 90+1’); João Pereira, Carriço, Xandão e Insúa; Elias, Matias Fernandez e Schaars; Carrillo (Evaldo, 78’), Wolfswinkel e Jeffren (Capel, 70’).
Sporting Braga – Quim; Miguel Lopes, Nuno André Coelho, Ewerton e Elderson; Custódio (Ukra, 79’), Ruben Amorim (Nuno Gomes, 67’) e Hugo Viana; Mossoró, Lima e Imorou (Hélder Barbosa, 54’).
Cartões amarelos para Elderson (52’), Mossoró e Elias (62’), Evaldo (87’), Carriço (89’) e Patrício (90’)
Artur Madeira