Foi hoje, no seu primeiro discurso como secretário-geral da CGTP no 1º de maio que Arménio Carlos apontou e disse perante milhares de trabalhadores presentes na Alameda em Lisboa quem são os culpados da crise atual.
{jathumbnail off}No seu discurso bastante vivo, Arménio Carlos estendeu a sua critica à Europa de Merkel e de Sarkozy, pois foi esta que levou à destruição da capacidade produtiva nacional.
Numa Alameda cheia, considerado pela organização um dos maiores nos últimos anos, o secretário-geral da CGTP fez duras criticas aos grupos de distribuição e grandes superfícies comerciais, acusando de uma cruzada contra o 1º Maio, fazendo crer que querem um regresso ao passado retirando um a um os direitos conquistados pelos trabalhados ao longo de várias gerações.
“A desinformação é o instrumento incontornável da ideologia ultraliberal que nos governa” disse Arménio Carlos fazendo referência ainda ao papel que o Ministro da Finanças – Vitor Gaspar tem nesse processo, mas a CGTP reivindica alteração de politicas, muito concretamente a aplicação do novo código do trabalho, mas tanto governo com as organizações patronais tem dificuldade em responder a propostas feitas pela CGTP, algumas que vão no sentido de ajudar a produção, “exigimos o aumento do salário mínimo em um euro, mas ao mesmo tempo avançamos com outras propostas no sentido da redução dos combustíveis para as empresas pois é aqui que está os maiores custos de produção…colocar a CGD a apoiar as PME e pequenos e médios empresários em vez de apoiar movimentações especulativas dos grandes grupos na bolsa”.
Por isso Arménio Carlos diz “é possível aumentar os salários..eles falam falam e não fazem nada…20 mil milhões euros de receita voam em impostos na economia paralela…”.
“Esta luta não vai ficar por aqui, que esta luta vai continuar, pelos trabalhadores, pelas suas famílias, pelas novas gerações, por Portugal” disse a terminar Arménio Carlos.