LIGA ZON/SAGRES – Sporting, 1 – Benfica, 0
Um golo mais ou menos madrugador (18’) – mas no período áureo do Sporting – chegou para que os leões e Sá Pinto mantivessem a invencibilidade em Alvalade, com relevo para o jovem técnico, que já fez história em pouco mais de meia dúzia de jogos.
Foram os leões que foram para o ataque logo quando a bola começou a rolar, se bem que, ao perder a bola, Schaars permitiu que a bola chegasse a Gaitan, que se isolou e foi travado por Polga com uma falta que podia ter dado amarelo.
Depois deste período, o Sporting instalou-se no meio campo benfiquista e, por várias vezes, criou algum perigo, em especial num remate de Izmailov (13’) que levou a bola a sair ao lado da baliza de Artur. Na resposta, a bola é impelida até perto da grande área do Sporting onde Cardozo, com um forte remate, obriga Rui Patrício a uma excelente defesa.
No seguimento do pontapé de baliza, a bola chega a Wolfswinkel que, praticamente só, isola-se dentro da área, sofre um primeiro toque de Luisão e, ao rodar sobre si próprio, para tentar passar o capitão encarnado, Wolfswinkel sofre, primeiro, um abraço à volta do pescoço e, segundo, é seguro pela gola da camisola. Grande penalidade sem dúvidas e amarelo para Luisão.
Chamado a cobrar a grande penalidade (18’), Wolfswinkel mandou a bola para um lado e Artur para o outro. Isto é, ao mandar para o lado esquerdo, o guardião foi Para o lado direito. E quando assim é, raramente a bola não entra, se bem marcado.
O Sporting continua na ofensiva – um só golo podia não chegar – e aos 25’ vê o árbitro não marcar outra grande penalidade contra o Benfica, desta vez quando Garay empurra Wolfswinkel, com o braço e por trás.
E aos 31’ foi a vez de Matias, ao fazer um centro/remate para a baliza do Benfica vê Luisão a desviar para canto, num período em que os encarnados pareciam ter perdido o tino, só “regressando” ao jogo quando Cardozo (37’) e Bruno César (40’) não aproveitaram as oportunidades criadas.
No segundo tempo, Rodrigo (que nunca esteve em jogo) fica no balneário e Yannick que, por seu lado, apesar de alguns toques de bom recorte e remates com algum perigo, pouco mais fez de muito positivo, aliás como grande parte da equipa, que “escorregava” (a relva foi regada antes do jogo) de mais.
Wolfswinkel, sempre ele – pelo menos a jogar em velocidade mas tecnicamente imperfeito nos passes – voltou a ter pontaria para a baliza de Artur que, excelentemente, defendeu. Passavam 54 minutos de jogo. Aliás, Artur foi o herói do Benfica neste jogo,
Apesar disso, o Benfica começa a ressurgir, quiçá aproveitando algum cansaço dos jogadores do Sporting, pese embora, para bem do Sporting, que aguentou mais ou menos bem, por pouco tempo.
Daí que voltasse a ser o Sporting a criar perigo. Izmailov (62’) foge pela esquerda e à entrada da área faz um disparo forte, indo a bola bater estrondosamente no poste mais longe. Aos 70’ foi, de novo, Wolfswinkel a ficar isolado frente a Artur mas escorregou e o perigo deixou de existir.
Na resposta, Yannick rematou ao lado. Noutra jogada, Polga resolveu ao desviar para canto, ressurgindo o Benfica com por Bruno César, por duas vezes, a atirar ao lado.
Em resumo, o Sporting venceu bem, porque porfiou, mais perigo causou e quis ganhar. O Benfica não encontrou o caminho para a baliza, quase sempre fechado pelos jogadores do Sporting. A dupla Rodrigo/Cardozo não funcionou, no meio campo Bruno César e Gaitán não tinham entrada para a frente e cá atrás criaram-se problemas que deram no golo.
De salientar ainda os 47.409 espectadores presentes em Alvalade, o que foi bom.
Artur (pelo que defendeu), foi o melhor em campo, numa equipa em que salientaram Emerson, Bruno César, Gaitán, Garay e Witsel. No lado Sporting, Patrício esteve bem e acompanhado ao mesmo nível por Polga, Izmailov, Wolfswinkel (muito perdulário), Capel e João Pereira, seguidos de Elias, Insúa e Xandão.
Artur Soares Dias, assinalou uma grande penalidade e deixou outra por marcar, ambas contra o Benfica, teve algumas falhas que não interferiram no resultado e mostrou uma dúzia de amarelos (somados ao vermelho a Luisão), alguns dispensáveis, enquanto os assistentes Bertino Miranda e Rui Licínio estiveram melhores, isto é, sem falhas.
As equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Xandão, Polga e Insua; Matias Fernandez, Elias e Schaars (Carriço, 64’); Izmailov, Wolfswinkel (Rubio, 72’) e Capel (Carrillo, 89’).
Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Emerson; Witsel, Javi Garcia (Nélson Oliveira, 61’) e Gaitán (Nolito, 72’); Bruno César, Cardozo e Rodrigo (Yannick, 45’).
Cartões amarelos para Luisão (17’), Javi Garcia (27’), Schaars (39’), Xandão (44’), João, Pereira e Nelson Oliveira (63’), Polga (68’), Nolito (75’), Witsel e Carriço (80’), Elias (81’) e Luisão (90’), este último que correspondeu ao vermelho por acumulação.