Ao afirmar em entrevista que Portugal pode não regressar aos mercados em 2013, o primeiro ministro Pedro Passos Coelho causou um tsunami em Portugal.
As palavras do primeiro ministro em entrevista ao jornal alemão Die Welt, admite a possibilidade de Portugal não poder regressar aos mercados na data prevista, embora diga que se isso acontecer não é responsabilidade do país, mas mesmo assim tiveram impacto no seio da classe politica e não só em Lisboa.
O facto de que nos últimos dias sucederam situações confusas, o caso do lapso do ministro das finanças, a proibição de reformas antecipadas, e junta-se agora estas declarações, que fazem com que o Governo esteja debaixo de “fogo” da oposição.
Já hoje o ministro adjunto de dos assuntos parlamentares, Miguel Relvas disse aos jornalistas que as palavras do primeiro ministro Passos Coelho não traziam nada de novo pois disse “Portugal tem conseguido ser reconhecido como um país que está a fazer o seu trabalho2 pelos membros que constituem a troika.
Para os partidos da oposição Oque as declarações feitas pelo primeiro-ministro são gravosas dos interesses nacionais, o PCP considerou “confirmam o rumo de desastre para o país e para os portugueses a aplicação do pacto de agressão”.
O Bloco de Esquerda pela voz de Francisco Louça disse “Não se atreva a propô-lo ao país sem olhar para os portugueses e pôr o direito de voto para que todos possamos decidir o que queremos para no nosso país” num claro apelo a que se vá para eleições antecipadas caso seja pedido novo resgate,Francisco louça falava durante um encontro de militantes do BE em Matosinhos reforçando a ideia “É Democracia, não é a vigarice que tem que decidir…”
O Partido Socialista através do secretário-nacional, João Ribeiro, considerou inacreditáveis as declarações proferidas pelo primeiro ministro ao jornal alemão Die Welt, dizem os socialistas que depois do “desfile de auto-elogios” o Governo venha pela voz do seu representante máximo dizer o que disse, considerando que seja um “lapso” pois os bons resultados da receita que está a ser seguida e as declarações de que se está no “bom caminho”, não batem com as declarações ao jornal alemão, assim afirmam ” perguntamos: para que anda a pedir tantos sacrifícios?” acrescentando João Ribeiro que para o PS, é a prova de que existe “um sinal claro do descontrolo no Governo”.