UEFA Europa League – Sporting, 2 – Metalist, 1
Não restam dúvidas: para o Sporting só valeu o segundo tempo, não só período destinado aos golos mas também porque o Sporting demonstrou que tem equipa para outros voos. Mas o golo sofrido não estava no programa e as contas podem complicar-se.
Mais parecia que, no primeiro tempo, era o Metalist que jogava em casa, tal era a calma, a segurança, o controlo de bola por parte dos seus jogadores, ante a tempestiva acção desempenhada pelos jogadores do Sporting, em especial do meio campo para a frente, onde jogadas de perigo é que não se viam amiúde.
Tentando defender ao máximo a posse da bola, os ucranianos cobriam quase homem a homem, não deixando espaços livres aos médios e atacantes do Sporting, pouco inspirados a não ser para o tal sistema de finta+finta+finta, não passando a bola na hora certa.
E quando do contra-ataque, até o Metalist surgia mais rápido, ante um Sporting que continuava passivo. Tanto que o primeiro de lance de maior perigo foi proporcionado por Taison (21’) que marcou um livre com força mas que saiu ao lado da baliza de Rui Patrício. O mesmo sucedeu dois minutos depois, por Torres.
Só à passagem da meia hora é que o Sporting começou a sacudir a pressão (psicológica e até física), quando Izmailov, perto da grande área, remata com força mas a bola bateu num defesa e perdeu-se.
Aos 31’ e 37’, Carriço faz dois remates de longe, algo semelhantes, mas a bola, foi à figura do guarda-redes, na primeira, e ao lado, na segunda.
Aos 41’, Matias Fernandez marca um livre, sobre a esquerda do ataque, mandando a bola para o centro da pequena área. O guarda-redes sai da baliza mas não chega à bola, gera-se uma certa confusão mas a defesa conseguiu aliviar.
Um minuto depois, pelo mesmo jogador e da mesma forma, a bola chegou à grande área mas foi aliviada de imediato. E o intervalo chegou logo a seguir, com o marcador em branco.
Entrando, finalmente, a jogar como uma equipa, com a bola a correr de jogador para jogador sem perdas de tempo, em excelente ritmo, o Sporting começou a desenhar uma exibição que o conduziu à vitória, se bem que justificada apenas na segunda parte.
Ainda assim, a coisa podia sair mal quando Polga, perdendo a bola, deixou isolado um avançado ucraniano que, entretanto, perdeu a bola.
Logo a seguir, João Pereira isolou-se pela direita mas permite a intervenção da defesa para canto, que não resulta.
E dois minutos depois (50’) surgiu o 1-0. Depois de uma boa jogada desde o meio campo, com a bola a rolar de um para o outro, Capel surge pela esquerda, dá um passo e, de rasteiro, passa a bola para o centro da pequena área onde Izmailov mais não fez do que empurrar a bola para a baliza.
A partir daqui, foi um sufoco para a defesa ucraniana, sem mãos a medir para acudir às consecutivas jogadas engendradas pelos jogadores do Sporting, não só pela consecutiva marcação de livres por parte de Matias mas pelo envolvimento de vários jogadores nas jogadas de maior perigo.
Mas o perigo também estava do lá do Metalista. Aos 56’, num rápido contra-ataque, a bola vai a Cristaldo que obriga Patrício a uma boa defesa.
Sete minutos depois (63’) o Sporting chegou ao 2-0, aproveitando a maior dinâmica ofensiva e o livre marcado sobre carga a Matias. Schaars faz a marcação, a bola é desviada pela defesa para Ínsuas que, na zona frontal, rematou com força e a bola entrou directamente na baliza à guarda de Goryainov, que não podia fazer nada.
O Metalist acusou o toque mas não perdeu o sentido de ataque. Tanto que aos 73’ Taison, o homem mais perigoso, rematou forte para uma grande defesa de Patrício. Logo de seguida é Villarga que isola Devic (entretanto entrado) que rematou contra Patrício. E foi ainda Patrício que salvou outro golo ao “atrapalhar” Marlos, que entretanto também entrara em jogo.
Aos 82’, em insistência de Carrillo, a bola vai a Matias que remata para a defesa do guarda-redes e aos 90’ surge a oportunidade do Metalist reduzir a desvantagem, porquanto Patrício fez grande penalidade sobre Devic, depois de fazer uma grande defesa e para evitar a recarga.
Chamado a marcar, Cleiton marcou sem defesa. Jogava-se o minuto 90 e o 2-1 estava feito.
Resta agora aguardar o que o Sporting pode fazer na Ucrânia, já que um golo de diferença não é nada ou … pode ser tudo.
De salientar ainda os 40.512 espectadores presentes em Alvalade, o que é bom.
Patrício (pelo que defendeu) Matias pelo que fez jogar, Izmailov e Ínsua pelos golos, destacaram-se no Sporting, salientando-se ainda Capel, João Pereira e Carriço. No Metalista, realce para Devic, Torres, Blanco, Cristaldo Taison, Gueye e Villarga.
O alemão Wolfgang Stark esteve muito bem, assim como os assistentes Florian Meyer e Deniz Aytekin, num encontro em que as dificuldades não foram de grande monta.
As equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Xandão, Polga e Insua; Matias Fernandez, Carriço (Renato Neto, 68’) e Schaars; Izmailov (Carrillo, 78’), Wolfswinkel e Capel (Jeffren, 70’).
Metalist – Goryainov; Obradovic, Gueye, Torsiglieri e Villagra; Sosa (Valyayev, 90+3’), Torres e Cleiton; Cristaldo (Devic, 64’), Blanco (Marlos, 77’) e Taison.
Cartões amarelos para Torsiglieri (33’), Izmailov (43’), Cleiton (52’), Carriço (57’), Gueye (58’) e Patrício (90’)