Domingo 23 de Novembro de 6053

Só é preciso facturar!

Benfica-BeiraMarCROD4965Quanto ao resultado final não há nada a dizer. O Benfica meteu mais golos e ganhou, se bem que a exibição tenha ficado aquém do que Jesus (e os benfiquistas) pretendia, por certo. Mas isso pouco importa quando o que é preciso é somar mais pontos.

Como lhe competia, o Benfica tentou, desde o apito inicial, tomar as rédeas do jogo. Talvez não contasse com tanta réplica dos aveirenses que, por seu lado, impediam na maior parte das vezes as investidas, ainda que tímidas, dos jogadores do Benfica.

Só aos oito minutos o Benfica criou mais perigo, quando Nelson Oliveira, com um bom golpe de vista, rematou em jeito e força que propiciou uma excelente defesa de Rui Rego, evitando o golo que parecia certo.

A toada de para lá e para cá foi-se mantendo, se bem que a posse de bola estava mais ou menos dividida pelos dois lados, pelo que as situações de perigo eram escassas. No Benfica não havia estratégia de ataque apoiado e, no Beira-Mar, os avançados pareciam poucos para fazer algum “mal” a Artur.

Aos 19’ Gaitan, na sequência de um alívio da defesa aveirense, fez a recarga de cabeça mas passou a alguns centímetros do poste mais longe. Assistiu-se, a seguir, a um período de maior assédio do Benfica e, aos 25’, a turma encarnada chegou ao 1-0.

Num ataque pela direita, a bola sobra para Witsel que, na passada, a enviou para o centro da defesa onde, sem ninguém por perto, Cardozo esticou a perna e meteu a bola na baliza.

O Benfica “amornou” de seguida e o equilíbrio passou a nota mais dominante, embora a meio campo, o que durou até cerca dos 43 minutos, quando os homens da Luz voltaram a marcar.

Aos 43’, Gaitán, dentro da área mas descaído sobre a esquerda, recebeu a bola de Cardozo e, com um remate enviusado, bateu Rui Rego sem apelo nem agravo, nada podendo fazer por se encontrar completamente só.

No que não se via há muito tempo, o árbitro terminou a primeira parte mesmo em cima dos 45 minutos. Verdade se diga que também não houve demoras que justificasse complementos.

No reinício, o jogo como que terminou para o Beira-Mar se é que ainda tinham “chances” para algo mais, o que até podia ter acontecido, teoricamente como é evidente, se Cassio e Nildo tivessem entrado de início, como se comprovou depois.

E terminou porque o Benfica chegou aos 3-0, aos 47’. Mais uma arrancada do Benfica pelo lado direito, a bola chega a Nelson Oliveira que, de calcanhar, meteu a bola a caminho dos pés de Cardozo que, frontalmente à baliza, voltou a não perdoar. Aliás, Cardozo quase se limitou a meter os golos – o que é mais importante de tudo – já que em jogo jogado não se viu. Tal como Nelson Oliveira, neste jogo com tiques de vedeta a mais, o que valeu a substituição como, aliás, aconteceu a Bruno César, por não estar a render e a complicar.

Ainda assim, o jogo continuou movimentado, vivo, se bem que nada de especial se passava, nem mesmo quando Cardozo (73’) atirou ao lado, o que redundou numa partida interessante, pese embora sem surgirem golos.

Depois das substituições, entre os 57 e os 64’ (duas para cada lado), o jogou deixou de ser tão técnico mas o resultado alterou-se. O Beira-Mar, por mérito e por justiça, fez o ponto de honra. Passava um minuto do tempo regulamentar quando Cássio, pleno de pujança, fura pela grande área do Benfica e remata para o golo de honra, depois de a bola ainda tabelar em Artur.

Um prémio para os aveirenses num triunfo que ficou bem ao Benfica.

Emerson, Javi Garcia, Nico Gaitán, Jardel e Witsel sobressaíram dos restantes, enquanto que, nos aveirenses, se realça o trabalho de Rui Rego, Artur, Joãozinho, Zhang, Nuno Lopes e Cassio.

Dado importante é os dois golos de Cardozo que, desta forma, passou a liderar, se bem que Lima (Braga) ainda não tenha jogado nesta ronda.

Sob a direcção de Manuel Mota (Braga), que deixou jogar, pese embora uma ou outra falha, esteve bem, porque ninguém também complicou, coadjuvado pelos assistentes Bruno Trindade e João Loureiro Dias, que passaram despercebidos, o que é bom, as equipas alinharam:

Benfica – Artur; Witsel, Luisão, Jardel e Emerson; Bruno César (Nolito, 64’), Javi Garcia e Gaitán; Aimar (André Almeida, 64’), Cardozo e Nelson Oliveira (Rodrigo, 74’).

Beira-Mar – Rui Rego; Nuno Lopes, Bura, Yohan Tavares e André Marques (Cassio, 57’); Jaime (Nildo, 57’), Joãozinho e Dias; Balboa, Zhang e Artur (Camará, 73’).

Cartões amarelos para Bruno César (60’) e Witsel (87’).

Artur Madeira

 

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